De Salvador aos palcos da Escandinávia: a força
intuitiva de Sabrina Brazzil na música brasileira (Foto: Divulgação)

Na infância de Sabrina Brazzil, silêncio era artigo raro. O pai se dividia entre violão e
teclado, os tios improvisavam repentes nas rodas familiares e os irmãos se arriscavam em
melodias que ecoavam pela casa. “As festas em família sempre terminavam em cantoria,
ninguém queria largar o microfone improvisado”, lembra. Crescer cercada de música fez
com que, muito cedo, ela entendesse que o palco não era um sonho distante, mas uma
extensão natural daquela rotina. Aos 15 anos, já integrava a banda de bairro Futucatu, onde
descobriu o gosto pela vida artística.

Foram muitos grupos depois disso, mais de dez ao longo da juventude, que ajudaram a
moldar a cantora que hoje se apresenta sozinha, mas nunca está de fato só. Em carreira
solo, consolidada na Dinamarca, divide o trabalho com o produtor e parceiro musical
Marcos Spallanzani, que ajuda a lapidar os projetos atuais. “O que faço hoje é resultado de
muito estudo e de escolhas conscientes. Sempre avalio todas as possibilidades antes de
colocar minha voz em uma canção”, explica.

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O caminho até aqui, no entanto, foi atravessado por momentos que poderiam ter colocado
tudo a perder. Um dos episódios mais marcantes envolveu um antigo produtor, dependente
químico, que acabou causando um acidente de carro grave. Sabrina saiu com ferimentos
leves, mas a experiência foi suficiente para mudar completamente sua forma de conduzir a carreira. “Naquele dia eu percebi que precisava proteger meu trabalho e a mim mesma.
Decidi que só caminharia com pessoas que despertassem confiança. A partir dali, passei a
ouvir mais a minha intuição, que se tornou meu guia.”

Essa virada de chave não se limitou às escolhas profissionais, mas também à maneira
como encara o palco. Para a artista, cantar não é apenas um ofício, mas também uma
forma de resistir. “Continuar me apresentando é um ato político e revolucionário. É a minha
forma de dizer que não vou desistir, mesmo quando tudo parece difícil”, afirma. Essa visão
atravessa suas performances, em que a entrega e a autenticidade são princípios
inegociáveis.

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Hoje, com 21 anos de trajetória, Sabrina se apresenta com músicos respeitados na
Dinamarca, artistas que compartilham décadas de dedicação à música brasileira. Para ela,
essa união reforça o compromisso de mostrar que o Brasil está longe de ser a caricatura
que muitos europeus ainda enxergam. “Na Dinamarca, já ouvi gente dizer que nossa
música é bagunça. Eu faço questão de mostrar que não é. Toco com pessoas incríveis, que
merecem todo respeito pela seriedade com que trabalham.”

O reconhecimento desse esforço aparece em depoimentos de quem já a viu no palco.
Jesper Dahl, anfitrião de uma apresentação em sua fazenda, descreveu a experiência como
única: “Sabrina é uma cantora incrivelmente talentosa. Ela cria uma atmosfera calorosa e
aconchegante, entregou uma noite maravilhosa que eu e meus convidados não vamos
esquecer.”

Além de dar voz à bossa nova e ao samba, a artista construiu também um papel de agente
cultural. Ao representar a música brasileira na Escandinávia, atua como elo entre países
que parecem distantes, mas que encontram pontos de encontro em cada acorde. “Eu
ofereço uma experiência musical com padrão alto de qualidade. Não é só cantar, é levar
parte da nossa identidade para o mundo.”

Entre memórias de infância, obstáculos superados e a coragem de seguir em frente,
Sabrina Brazzil transformou a própria história em combustível para permanecer no palco.
Cada show é, ao mesmo tempo, lembrança do que já viveu e prova de que a música segue
sendo sua forma mais potente de existir.

Para acompanhar sua carreira e conhecer mais sobre seus projetos, siga a artista no
Instagram: @sabrinabrazzil.


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De Salvador aos palcos da Escandinávia: a força intuitiva de Sabrina Brazzil na música brasileira

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