Edgar Scandurra e Amigos Invisíveis em foto de Rafael Pompeu

Edgard Scandurra vai fazer um “esquenta” dos 30 anos do seu álbum solo de estreia. Lançado em 1989, Amigos Invisíveis ganha um tributo do próprio Edgard no dia 28 de setembro, na Comedoria do Sesc Pompeia

O álbum, que concretizou a estética característica do guitarrista, ganhou o nome Amigos Invisíveis porque, no estúdio, Scandurra gravou todos os instrumentos. Agora, ele conta com a presença mais que visível dos músicos Daniel Scandurra, seu filho, no baixo, Taciana Barros (Gang 90) nos teclados, Rodrigo Saldanha na bateria e Fábio Golfetti (Violeta de Outono) na guitarra.

Edgard e banda apresentam o álbum na íntegra, na ordem da gravação original, celebrando um trabalho que figura como um dos clássicos do rock brasileiro, admirado por seus fãs e tão importante para a sua história. Leia nossa entrevista com o herói da guitarra brasileira.

Por que quis fazer esse show de celebração dos 30 anos do álbum Amigos Invisíveis?
Edgard Scandurra – Esse álbum foi muito importante para a minha carreira. Dentro do rock nacional, ele também foi importante por ser um dos primeiros discos solo da geração dos anos 80 e mesmo assim, foram vendidas poucas cópias do disco e eu fiz pouquíssimos shows na época do seu lançamento. Sinto que é necessário mostrar para o público, hoje. Tantos para os de minha geração, quanto para a galera mais jovem. Importante reforçar que esse show ainda não é uma celebração dos 30 anos do álbum, é somente um “esquenta”. O álbum completará 30 anos em 2019.

Em que aspectos esses disco soa mais atual?
Edgard – Esse disco, em minha opinião, soa atemporal. A sua mensagem não tem data. Talvez sejam sentimentos que pertençam a um universo mais jovem, quase adolescente. Mas são mod songs que sempre soarão mods e atuais . Essa é a questão do universo mod. Ser moderno, revisitando uma energia atemporal.

O que o público pode esperar deste seu encontro com Fábio Golfetti (Violeta de Outubo) e Taciana Barros (Gang 90)?
Edgard – É um prazer tocar com o Golfetti e a Taciana, além de Daniel Scandurra e Rodrigo Saldanha . Vamos tocar uma música do Violeta de Outono, outro som atemporal que eu gosto muito. A Taci , representa a presença feminina do meu disco, pois somos parceiros em 3 músicas e somos os pais do Daniel.

Que característica considera mais marcante da sua geração?
Edgard – Eu acho que a criatividade e espírito de grupo eram características muito marcantes da minha geração . São destaques.

O que tá rolando de mais interessante na música hoje, na sua opinião?
Edgard – Hoje existem artistas vindos de muitos lugares de diversas regiões do Brasil que misturam de maneira muito interessante, ritmos regionais, rock, música popular brasileira, jazz, reggae e o rap e muitas são mulheres, artistas que realmente estão arrebentando. O mesmo eu acho no exterior. Posso citar: Karina Buhr, Grimes e Weyes Blood.

SERVIÇO

Edgard Scandurra
Dia 28 de setembro de 2018, sexta-feira, às 21h30

Comedoria *A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa com 90 minutos de antecedência ao início do show.

Ingressos: R$9 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$30 (inteira).

Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93. Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

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Créditos: Caroline Lima

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'Criatividade e espírito de grupo marcaram geração', diz Scandurra

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