O corpo da cantora Carmélia Alves, que morreu na noite de ontem, aos 89 anos, de câncer, foi velado neste domingo no cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro dos Artistas, segundo informou a família da “Rainha do Baião”.
A cantora, que tinha Alzheimer e morava há dois no Retiro, faleceu na noite do sábado de parada múltipla dos órgãos, de acordo com o boletim do Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, onde estava internada há um mês.
Filha de nordestinos, Carmélia cresceu ouvindo os ritmos da região, e, nos anos 50, ganhou o título de “Rainha do Baião”, na Rádio Nacional, pela interpretação de músicas de compositores como Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
A cantora esteve casada durante 50 anos com o também cantor Jimmy Lester, com quem não teve filhos, mas dividiu o palco em países como o México, Alemanha e Argentina, onde teve que abrir uma filial de sua gravadora devido ao sucesso nas rádios e teatros portenhos de canções como Sabiá na Gaiola.
A artista começou a carreira cantando como Carmen Miranda, sua grande inspiração, nos anos 1940, quando chegou a ser eleita “a melhor crooner do Rio” quando fazia shows no Copacabana Palace.
Depois da morte de seu marido, em 1998, Carmélia caiu em depressão e tentou voltar aos palcos em 2000 formando um grupo com outras veteranas dos anos 1950.