Copacabana Club


Créditos: Reprodução/Youtube

Do submundo curitibano ao hype mundial, com direito a elogios de Kanye West e trilha abertura de programa de TV, com a ótima Just Do it, e de volta ao submundo. A trajetória do Copacabana Club tem sido intensa e talvez dolorosa. Mas, sem tantas expectativas e com nova formação, eles estão de volta com um palco de respeito pela frente, o do Lollapalooza, no dia 29.

Para a vocalista Camila Cornelsen, a Cacá, o show de uma hora da banda no festival será uma celebração festiva non-stop, com a intenção de “transformar a área na frente do palco em uma pista de dança”. Ela diz que com as mudanças na formação, os Copas conseguiram “tirar a pressão da banda de dar certo comercialmente”.

Camila reclama, no entanto das críticas que recebe por cantar em inglês. “O ponto mais negativo são esses preconceitos que os brasileiros têm em relação a brasileiros que cantam em inglês”, esbraveja. Na semana passada, a banda lançou o clipe da matadora Love is Over, faixa dançante, com perfume oitentista, cheia de sintetizadores, baixo suingado e vocal pop.

Leia a seguir a entrevista concedida com exclusividade ao Virgula Música.

O que dá pra esperar do show do Lollapalooza?

Estamos nos preparando para fazer 60 minutos de show sem parar a música. Queremos transformar a área na frente do palco em uma pista de dança. Vamos aproveitar o show para apresentar as novas composições e a nova formação da banda (o guitarrista Alec Ventura e o baixista Tile Douglas saíram para dar lugar a  André França e Carlos Cafareli Jr., respectivamente)

Tem algum outro show do festival que você quer muito ver, por quê?

Gostaria de rever o Flaming Lips e o Hot Chip. Cake, Crystal Castles, Passion Pit, Foals e Black Keys também estão na minha lista. 

O que mudou desde que a banda estourou em relação à sonoridade e expectativas?

Na nova formação, acredito ter encontrado um lugar mais confortável para minha voz. Me sinto mais à vontade, e acho que de certa maneira isso reflete na sonoridade geral das novas músicas.

Há um certo amadurecimento nas faixas. Com essa mudança também conseguimos tirar a pressão da banda de dar certo comercialmente. Como todos os integrantes tem seus trabalhos, a música voltou a ser mais um hobbie, um momento de escape, o que faz com que a expectativa seja neutra: o que acontecer e o que vier a acontecer está ótimo. Estamos nos divertindo muito.

Como surgem as temáticas das letras e as músicas geralmente?

Acho que as letras que escrevi até hoje refletem momentos que estão acontecendo ao meu redor, coisas que vejo, que percebo. Enxergo o Copacabana Club como uma banda que faz música de rock, indie, festa, mas ao mesmo tempo pop. E tento manter as letras simples, fáceis de lembrar, de cantar e de se identificar.

Quais são os pontos negativos e positivos de cantar em inglês?

Dos pontos positivos acho que o principal é que combina com o som, com as melodias. É uma lingua compreendida no mundo todo, e isso não significa um desejo de exportar o Copacabana Club. Dos pontos negativos, não é minha língua mãe, então obviamente não me expresso 100% como em português, mas não vejo isso como um problema.

O ponto mais negativo de cantar em inglês são esses preconceitos que os brasileiros têm em relação a brasileiros que cantam em inglês, como o sotaque e a escolha de não de cantar em português. Como se eles próprios não tivessem um sotaque da região deles, e como se eles em nenhum momento escutassem bandas de origens onde a lingua inglesa não é a principal, mas que optaram em cantar em inglês.

Veja novo clipe do Copacabana Club, Love is Over




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Copacabana Club promete transformar Lollapalooza em pista de dança; veja clipe

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