O consumo de música pela internet dobrou no Reino Unido durante 2013 frente ao ano anterior, e representa atualmente, pelo menos, 10% da receita da indústria musical, conforme dados divulgados na quarta-feira (01).
O aumento do streaming (emissão de conteúdos online sem necessidade de download) se produziu em detrimento das vendas de álbuns, que experimentaram em 2013 uma queda generalizada principalmente pelo declive nas vendas de CD’s diante da crescente tendência a se consumir música digital.
Essa foi a conclusão do estudo realizado pela Indústria Fonográfica Britânica (BIS) e a The Official Charts Company, empresa que elabora as listas oficiais de álbuns e ‘singles’ mais vendidos no país.
De acordo com a lista, 7,4 bilhões de músicas foram escutadas por um sistema de ‘streaming’, seja de forma paga ou subsidiadas por publicidade por publicidade, durante 2013. Esse número é duas vezes maior do que os 3,7 bilhões de canções escutadas dessa maneira registradas em 2012.
Por sua vez, as vendas de álbuns representaram um valor de 772 milhões de libras (R$ 3.007.780.531) em 2013, 29 milhões de libras (R$ 113.371.740) a menos frente ao ano anterior.
No ano passado foram vendidos 60,6 milhões de CDs no país, quase 13% a menos que em 2012, apesar desse formato representar dois terços do mercado de álbuns do Reino Unido. Enquanto isso, as vendas digitais de 32,6 milhões – que subiram quase 7% – representam agora quase 35% do mercado total.
“Ao tempo em que a música digital avança rumo à era do ‘streaming’, as perspectivas para o crescimento futuro do mercado musical no Reino Unido são sólidas”, afirmou a imprensa o executivo-chefe da BIS, Geoff Taylor.
Os dados também refletem um reforço nas vendas de vinis, enquanto prossegue o ressurgimento desse formato, cujas vendas dobraram em 2013, com 780 mil, apesar de só representam 0,8% de todos os álbuns vendidos do mercado.