O documentário Cássia Eller, que está em cartaz nos cinemas, faz a nossa saudade dela aumentar ainda mais. Cássia Eller, no entanto, que morreu em 2001, aos 39 anos, deixou uma espécie de “clone” na terra: o filho Francisco Eller, o Chicão.
Hoje, aos 21 anos, o estudante de geografia na UFF (Universidade Federal Fluminense), Chicão herdou não apenas o sorriso e a timidez da mãe, mas também o talento musical e a voz. Seu projeto chama-se 2 x 0 Vargem Alta.
“Hoje em dia, conversamos muito mais sobre a Cássia. No começo, era muito amarrado. À medida que o tempo foi passando, a gente foi relaxando e falando mais coisas. Ele acabou fazendo um caminho mais solitário e procurou coisas sobre a mãe dele na internet. Ele tinha 8 anos quando a Cássia morreu, então é meio confuso distinguir o que ele lembra de verdade, o que viveu, daquilo que as pessoas contam”, afirmou Maria Eugênia ao jornal Extra. Companheira de Cássia por 14 e que levantou a discussão sobre união entre casais do mesmo sexo ao conquistar a guarda do menino na Justiça.
Documentário sobre Cássia Eller
Créditos: Deborah Dornellas/Reprodução/Facebook
O diretor Paulo Henrique Fontenelle, que conversou com mais de 40 pessoas para o projeto, vê Cássia como uma estrela que deixou sua marca e nunca será esquecida. “”Achava maravilhoso o fato de ela não estar preocupada com a vaidade, em se encaixar num esquema de gravadora. Ela queria cantar. Não precisou falar muito para conseguir revolucionar. A sinceridade dela é que a tornou eterna. Por isso, é insubstituível”, opina.
Cássia, como os ídolos que viveram rápido e morreram jovens, mostrou que a morte é inevitável e, às vezes, cruel. Mas ela provou que seu talento e carisma foram capaz de superar o esquecimento e fazer com que sua música durasse muito mais tempo que uma simples vida.