Conheça o músico africano que inspirou Beyoncé, Rihanna, Jay-z e Marcelo D2
Sabe aquela pegada africana muito marcante em LOUD!, novo álbum de Rihanna? E aquela cadência exótica que Beyoncé trouxe em seu recém-lançado 4? Então, provavelmente alguma vez você já deve ter ouvido falar de Fela Kuti e seu legado: o afrobeat.
O musical Fela!, adaptou a história do músico para uma peça da Broadway, que ganhou três prêmios Tony, considerado o Oscar do teatro. Em 2011, chega às livrarias do Brasil a biografia Fela – Esta Vida Puta (Nandyala, 344 páginas), escrita pelo jornalista cubano Carlos Moore em 1982.
O livro conta a história do músico nasceu na Nigéria em 1938, filho de uma feminista militante e um reverendo. Fela Kuti estudou música em Londres, onde conheceu os ideais do ativista da causa negra, Malcolm X, e toda a mistura de sons de James Brown.
Algum tempo depois e com muitas novas experiências, o músico retornou à Nigéria para criar a primeira banda de sua vida, o Africa 70. Fela Kuti passava horas tentando tirar novos sons de seu saxofone, um dia misturou ritmos africanos, jazz e funk, eis que surgia um novo gênero musical: o afrobeat.
Seu estilo de vida nada convencional e suas letras sempre politizadas chamaram atenção das autoridades. Em 1970, criou a comunidade Kalakuta, uma espécie de favela onde vivia com suas 27 mulheres e todos os músicos de sua banda. Essa foi a gota d’água para Estado Militar, que prendeu o músico e o obrigou presenciar o estupro de suas mulheres por soldados.
Em 1997, Fela Cuti faleceu por complicações ocasionadas pelo vírus HIV. Porém, seu legado é tão importante para a música quanto a obra de James Brown, Miles Davis e Bob Marley. Responsável por divulgar a cultura africana ao redor do mundo, Fela é atualmente influência para os mais diversos artistas, da black music ao pop.