Além dos fã-clubes profissionais e passionais, existe um híbrido desses dois tipos. É o caso do Linkin Park Brasil, criado em 2001, e que começou a ganhar força em 2002, quando a banda explodiu no cenário internacional.

Diferentemente do Fanzmosis, o Linkin Park Brasil surgiu da união de vários brasileiros que adoram a banda. “Tínhamos um grupo de discussões em um site e, a partir daí, resolvemos montar um site próprio” explica Bruno T. Montagner, um dos donos. “Hoje, existe pessoas no Brasil inteiro trabalhando nele, sem contar com os colaboradores de outros países”, acrescenta.

As pessoas que trabalham no fã-clube exercem várias funções, desde redatores até uma espécie de departamento de marketing, que trabalha em conjunto com a Warner Brasil. “Procuramos encaixar os membros em funções que eles se sintam à vontade”, explica Bruno. “Temos casos, na equipe, de pessoas que se dedicam em mais de uma área”, acrescenta.

O site surgiu com a proposta de discutir com outros fãs as novidades sobre a banda. Entretanto, com o tempo, a proposta do fã-clube mudou. “Começamos a servir de ferramenta da banda para divulgação no Brasil e em toda a América Latina”.

O site possui um material exclusivo, fornecido pela assessoria de imprensa da banda e pela própria gravadora, além de notícias sobre a banda retiradas de sites internacionais.

O fã-clube já conseguiu falar com a banda, porém, ainda não tem no material do site uma entrevista com os caras. “Mas, podemos dizer que já entrevistamos sim a banda, pois muitos veículos de comunicação já procuraram o site para criarmos perguntas para algum repórter fazer à banda”, explica Bruno.

Na vinda do Linkin Park ao Brasil, em setembro de 2004, o site sorteou cerca de 100 ingressos para o show, fizeram camisetas, promoveram caravanas… “Tivemos membros da equipe envolvidos diretamente com a produção do show, trabalhando com eles na parte de assessoria de imprensa, então, ganhamos algumas regalias, como participação em coletivas de imprensa, fotos de bastidores, etc.”, disse Bruno.

Tanta dedicação e empenho são feitos pelo prazer de estar em contato com a banda. Ao mesmo tempo em que o Linkin Park Brasil possui uma estrutura de site especializado, mantê-lo continua sendo uma espécie de hobbie. “Não ganhamos nada financeiramente. Nós o mantemos como um hobbie e, muitas vezes, os fãs da banda e do site reconhecem isso, o que para a gente já basta.” (www.linkinparkbr.com)

Guia do fã-clube virtual

1)Crie um site você mesmo ou se reúna com outros fãs da banda/artista para encarar esse projeto. Lembre-se que haverá custos, mas não se preocupe, pois os custos anuais giram em torno de R$ 150.

2)Um fã clube virtual, hoje, pode ser muito mais do que um mero reprodutor de informações. Corra atrás da assessoria da banda ou gravadora, busque informações diretamente da fonte.

3) No quesito divulgação, você pode se utilizar de artigos como camisetas e fanzines, mas a melhor ferramenta é a própria internet. Desenvolva seu trabalho, para que possa virar referência, e faça parcerias com veículos de comunicação, isso ajuda bastante na divulgação.

“Não tem segredo, basta ter paciência, força de vontade e boas pessoas ‘trabalhando com voc꒔, comenta Bruno.


int(1)

Confira também o bate-papo com o dono do Linkin Park Brasil