Emergidos da terra onde grande nomes da música vieram, como Skank, Pato Fu e Sepultura, os mineiros do Strike começaram a fazer barulho, em meados de 2003, com seu hardcore forfun recheado com letras que permeiam o universo adolescente.
Após chamarem a atenção da galera de Juiz de Fora, utilizando como principal ferramenta a internet, o quinteto começou a fazer shows em cidades e regiões próximas e decidiram se mudar para o Rio de Janeiro, onde o foco das mídias seria maior.
A banda foi a aposta da MTV em 2007, e pelo visto as coisas estão caminhando muito bem, obrigado para a banda.
A música Paraíso Proibido virou o tema de abertura da novela global Malhação e os caras gravaram o CD de estréia, Desvio de Conduta, produzido por Diogo M, Tuta e Marlos Vinicius e masterizado em Los Angeles, pelo engenheiro de som Brian Big Bass Gardner, que já trabalhou com nomes como Foo Fighters e David Bowie.
Diante de tamanha repercussão, o Virgula Música foi atrás do vocalista Marcelo Mancini para saber mais sobre a banda. Confira a entrevista!
Vocês foram os vencedores do Prêmio Aposta MTV do VMB 2007, vocês consideram a resposta do público e crítica satisfatória, no ano que passou?
M: Demais, em pouco tempo de lançamento do primeiro CD, nosso saldo foi muito positivo e fechamos o ano com chave de ouro.
Esse prêmio foi um divisor para nós, foi a porta de entrada nos grandes festivais, agregou muito mais visibilidade à banda, tanto por parte da crítica, com ótimas resenhas do disco, quanto por parte do público, que tem comparecido em massa nos shows e foi quem mais nos ajudou na conquista do prêmio.
A participação da galera nos shows tem sido um diferencial e isso trouxe muita confiança para nós.
Qual foi a reação de vocês quando receberam a notícia de que a música do Strike seria tema da novela Malhação, da rede Globo?
M: Foi uma grande alegria para nós, por sermos uma banda muito nova, que acabava de se integrar a um casting de grandes estrelas que fizeram a abertura do programa anteriormente.
É uma oportunidade única na nossa carreira, que levou o nosso som ao grande público. Eu fiquei muito honrado e agradecido à direção do programa por ter apostado numa banda nova, que tem a cara da galera e uma estrada promissora pela frente.
Como isso repercutiu, em relação à promoção da banda?
M: Da melhor maneira possível. A música voltou com força total nas rádios, os shows começaram a bombar e o grande público teve mais interesse em ouvir o CD todo.
Está sendo super gratificante sentir que o nosso repertório está agradando no geral, pois todas as músicas do disco são cantadas pela galera em coro nos shows.
Quais são as influências musicais dos integrantes do grupo?
M: Somos bem ecléticos, ouvimos de tudo e estamos sempre em busca de novos sons. Bandas que podemos citar como referência é o New Found Glory, Blink 182, Sublime, Beastie Boys e Asian Dub Foudation.
Como vocês definem o som que tocam?
M: A base do nosso som é o rock, mas tem influências fortes do punk rock californiano, e pitadas de outros estilos como hip-hop, ragga mufin, drumn bass e hardcore melódico.
Qual o público alvo da banda?
M: Não temos restrição nenhuma quanto a um tipo de público que queremos atingir. O Strike é uma banda com um som amplo e quem se identificar, entender a mensagem e a energia do som, é super bem aceito por nós.
Qual o motivo da transição de Minas Gerais para o Rio de Janeiro?
M: Depois que disponibilizamos nossa demo na internet, a princípio, as melhores ofertas de trabalho vieram do Rio e foi onde tivemos nossa primeira base fiel de fãs.
Além disso, por sermos uma banda do interior, é muito melhor para a carreira estar no eixo Rio-São Paulo, onde se ganha mais espaço e notoriedade.
Qual o momento atual em que se encontra a banda?
M: Num ritmo de crescimento muito legal. Nossa comunidade é a que mais cresceu no orkut nas últimas 3 semanas, começamos a ter mais aparições nos programas de TV, entramos com o pé direito nos ciclos dos grandes festivais, ganhamos um prêmio importante e estamos em busca de consolidar nosso primeiro CD nesse ano de 2008.
Quais os planos futuros?
M: Continuar viajando pelo Brasil todo, oferecer um show com a melhor infra-estrutura possível, amadurecer cada vez mais nossa execução ao vivo, gravar um DVD ao vivo e compor nosso próximo CD.