O Alice in Chains fez show na noite desta quinta-feira (26) no Espaço das Américas, na zona oeste de São Paulo e, ainda em turnê de divulgação de seu álbum mais recente, The Devil Put Dinosaurs Here (lançado este ano), tocou algumas canções deste, mas recheou a maior parte da apresentação com seus maiores sucessos, datados dos anos 1990.
A noite foi uma celebração da cultura daquela década e, com som em ótimas condições e músicos bem à vontade no palco, satisfizeram os presentes que ostentavam tanto camisas da banda como de outras daquela época, como Nirvana, L7 e outras da cena grunge. Ao todo, foram executadas 17 canções, quatro a mais que no Rock in Rio, quando se apresentaram no Palco Mundo no dia 19 passado.
Them Bones iniciou o setlist do Alice in Chains como costumeira e sabiamente o grupo faz, dando o tom do espetáculo de riffs pesados e solos curtos do talentoso Jerry Cantrell, acompanhado do vocal do extremamente capaz substituto de Laney Staley (morto em 2002), William DuVall. A cozinha de Sean Kinney (baixo) e Mike Inez (bateria) mostrou-se bem afiada.
Como no clássico disco de 1992, Dirt, o segundo do grupo, a canção seguinte foi a Dam That River que aqueceu ainda mais a plateia para receber Hollow, do The Devil Put Dinosaurs Here.
Com pouca conversa e muita música, o quarteto ainda desfilou Check My Brain e Again, dando a deixa para aquela que todos queriam ouvir, Man in the Box, não sem antes DuVall expressar em ótimo português um “E aí, galera? Muito bom ver vocês!”. A canção foi a mais cantada pelo pessoal que não se intimidou com a larga pista vip, que toma praticamente uma quarta parte de todo o salão do local e deixa a pista comum relativamente longe.
Ainda assim, todos acompanharam avidamente as Your Decision e Last of my Kind – ambas do pouco falado CD Black Gives Way to Blue, de 2008, (primeiro após a morte de Staley e a vinda de DuVall). No Excuses e It Ain’t Like that seguiram o show e, quando iniciada a We Die Young, que é a primeira canção do primeiro álbum do grupo (Facelift, de 1990), todos tinham a letra na ponta da língua, ou pelo menos o coro.
Sludge Factory e Grind continuaram o excelente setlist cheio de sons pesados. Para fechar a primeira parte, mandaram a baladinha Nutshell, já pensando na pausa. Só que surpreenderam.
Para o bis, todos os integrantes voltaram vestindo camisetas da Seleção Brasileira de futebol, fato bastante aplaudido pela plateia, ainda mais porque nelas o nome de Staley estava escrito, fazendo digna homenagem. O show foi encerrado com duas das canções preferidas dos fãs – Would? e Rooster – que coroaram a enérgica apresentação com muito sintonia entre os que estavam em cima do palco e nas pistas.
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