Neste domingo, 16, rolou a edição paulistana do Samsung Best of Blues 2018. O evento lotou a parte externa do Auditório Oscar Niemeyer, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e teve shows dos cultuados guitarristas Tom Morello, John 5 e das brasileiras Isa Nielsen e Camarones Orquestra Guitarrística.
As guitarras pesadas ficaram a cargo da loira Isa Nielsen, que acaba de sair oficialmente da banda Volkana e segue em carreira solo, e do dance-rock da Camarones Orquestra Guitarrística, que mostrou ao grande público a presença sempre brilhante da baixista Ana Morena.
Fantasiado todo de branco e com um véu fúnebre preto na cabeça, o norte-americano John 5 apresentou um pouco do rock teatral que executa ao lado de Rob Zombie, e que já esteve com Marilyn Manson. No repertório, músicas de seus álbuns solos e um medley com os melhores riffs do rock.
A parte de protesto ficou com Tom Morello, guitarrista das bandas Rage Against The Machine, Prophets of Rage e Audioslave. Ativista e de posição de esquerda na política, exibiu em sua guitarra a frase ‘Justiça para Marielle’, sobre o assassinato da vereadora do PSOL e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorrido há seis meses no Rio de Janeiro. Caso que até hoje continua incógnito sobre quem os matou.
Em coletiva de imprensa antes dos shows, Morello explicou o protesto: “Como no meu país, os Estados Unidos, o Brasil vive um momento de crise democrática. O assassinato sem solução da Marielle é um exemplo que mostra isso. Eu quis mostrar meu apoio e solidariedade aos brasileiros que lutam pelos pobres, pelos trabalhadores, pelo meio ambiente e contra o fascismo. É por isso que eu toco e é esta mensagem que estou levando ao palco hoje”.
Na guitarra, Morello mostrou porque é revolucionário no instrumento, fazendo solos com a ponta do cabo do instrumento e utilizando a própria mão como se fosse scratch de DJ. Também teve homenagem ao cantor falecido Chris Cornell (Soundgarden e Audioslave) e o hit Killing in The Name, do RATM, que foi cantado em coro pelo público.
Confira como foi: