Os próximos meses serão promissores para o Republica. A banda brasileira de hard rock acaba de lançar o novo álbum Brutal & Beautiful e se prepara para shows na Europa em novembro e dezembro, onde vão tocar com Scorpions e Alice Cooper . “O nosso foco é no exterior. Desde o começo do projeto do álbum a ideia era essa. Já tocamos nos maiores festivais do Brasil, em três Rock in Rio, Lollapalooza, Planeta Atlântida, Festival de Salvador, etc, e continuaremos tocando por aqui sempre que aparecer boas oportunidades, mas o objetivo agora é internacionalizar a banda. Além desses shows, já estamos trabalhando para uma tour maior lá fora no ano que vem“, diz o guitarrista LF Vieira em exclusiva ao Virgula.
O primeiro show do Republica com o Scorpions acontece dia 24 de novembro em Gotemburgo, na Suécia, depois as duas bandas partem para Estocolmo no dia 25. Com o Alice Cooper os brasileiros se apresentam dia 3 de dezembro em Paris, na França, 5 em Deinze, na Bélgica, e 7 novamente na capital francesa. “Estamos ansiosos porque é um sonho tocar com esses dois ídolos nossos e principalmente por tocar pela primeira vez na Europa“, conta o guitarrista e complementa: “Conhecemos o Alice Cooper após o show dele no Rock in Rio deste ano e o cara foi super bacana com a gente. Já rolou uma interação“.
Ainda no assunto Rock in Rio, Vieira relembra uma surpresa que rolou com a banda durante os dias do festival, quando receberam a visita de Duff McKagan, do Guns N’ Roses, e Zak Starkey, baterista do The Who e filho de Ringo Starr, no estúdio: “Foi uma coincidência incrível. O Rock in Rio disponibiliza algumas salas em um estúdio para bandas que precisam de ensaios adicionais. Quando chegamos ao local para ensaiar com a violinista que iria nos acompanhar durante o show, o rapaz da recepção nos avisou que na sala ao lado o Zak Starkey iria ensaiar com um baixista, mas não sabia quem era“.
“Então, estávamos lá na nossa salinha fazendo o nosso ensaio quando de repente a porta se abre e entra o Zak Starkey e o Duff McKagan, que era o tal baixista. Paramos de tocar na hora“, conta o músico. “O mais legal é que o nosso baixista, o Marco Vieira, tem um contra baixo signature do Guns, do mesmo modelo que o Duff usa. Daí o Duff viu o instrumento e brincou: ‘Ei, esse baixo é meu!’. Isso foi no sábado, 23. Conversamos um pouco, tiramos fotos juntos e os dois saíram do estúdio correndo para o palco do Rock in Rio onde tocaram no mesmo dia“.
A internacionalização do Republica começou na escolha do produtor para o álbum Brutal & Beautiful; o renomado norte-americano Matt Wallace, que já trabalhou com Faith No More, Maroon 5, Deftones, 3 Doors Down e Train. “O Matt estava entre os nomes de grandes produtores que queríamos trabalhar. A gente fica aqui no Brasil e pensa: ‘Nossa, como vou fazer para ter um produtor desses no álbum da minha banda?’, mas do momento em que você coloca isso na cabeça e vai atrás você vê que é possível“, diz Vieira e continua: “Porém, não basta apenas fechar um orçamento com o produtor. Ele precisa curtir o som da banda e saber da história toda para se interessar, porque ele vai assinar o trabalho e com certeza não quer colocar o nome em algo que não o agrade“.
Do processo de gravação, o guitarrista revela que foi intenso: “Ficamos praticamente um mês gravando no estúdio do Matt em Los Angeles. Dos nossos 29 dias lá, ele nos deu apenas dois de folga porque queria extrair o máximo que conseguisse da gente. E a intensidade da nossa relação foi enorme. Pensávamos que após trabalharmos com ele cada um seguiria seus próprios caminhos. Mas não, hoje somos grandes amigos e ele se apaixonou pelo disco“. Dessa amizade, os bons frutos continuam rendendo: “Trouxemos o Matt ao Brasil recentemente para fazer um workshop e ele até nos ajudou a fechar o contrato com um selo alemão, o Odyssey Music Network, que está lançando o nosso disco“.
Do som, Vieira conclui que chegaram onde queriam: “Brutal & Beautiful é a nossa evolução. Demos uma modernizada, uma sofisticada e encontramos uma personalidade que estávamos buscando desde o trabalho anterior. O próprio nome do álbum é sobre essa combinação exata do pesado com a melodia, assim como o Faith No More (uma das bandas que Matt produziu), que é um grupo que funciona tanto em festivais de heavy metal como em eventos de sonoridades mais leves. Por isso o procuramos. É uma área em que queremos atuar“.
Para saber mais sobre o Republica acesse republicarock.com.br