Coachella 2012 - dia 2


Créditos: Lúcio Ribeiro

O calor continua “castigando” o Coachella 2012, justificando muito o rótulo de “festival do deserto”. Fica quase insuportável ver shows nos palcos principais e Outdoor Stage, os abertos, até umas 17h. Ao mesmo tempo, quando o sol dá uma trégua, o festival recebe um dos mais lindos finais de tarde do planeta, e o astral para um evento de música jovem desse porte (140 bandas) fica inesquecível.


Ontem o hip hop deu as caras forte, com ótimos shows de novatos: Azealia Banks cantando (rapeando) até Amy Winehouse, A$AP Rocky e Childish Gambino (da série Community), este último enfrentando o palco principal no comeco do dia, quando era registrado o maior calor DA HISTÓRIA do Coachella (42 graus Celsius). Dava para fritar um ovo no chão do palco.


O festival, ontem, pode ser dividido em três etapas: na hora do sol matador, o final de tarde lindão e à noite, quando tudo é luz.
 Noel Gallagher, ex-Oasis e fazendo sua primeira turnê nos EUA com a banda nova, misturou as lindas músicas solo com os clássicos do Oasis, na hora em que o sol estava mais maneiro e o climão de festival tornava tudo agradável. Noel toca no Brasil agora no começo de maio e seus shows são altamente reomendáveis, seja pelo passado ou por sua fase atual, porque o cara continua em forma.


O sábado do Coachella teve para todo mundo. O já mencionado hip hop novo, os muitos grupos indies e a “bagunça” da eletrônica. A trinca “das batidas fáceis” Martin Solveig, Sebastian Ingrosso e David Guetta sacudiram a enorme tenda Sahara com som e luz, mesmo de dia. Dava praticamente para ver e ouvir de qualquer lugar do Coachella.

E embora os norte-americanos do grupo The Shins e a cantora Feist (canadense) fizessem shows concorridíssimos, o sábado do Coachella foi dos britânicos.
Desde o começo do dia, os pequenos The Vaccines e The Big Pink arrasaram em nome dos ingleses.

O hoje meio caído Kaiser Chiefs não fez feio ao preparar bem o palco para o show do Noel Gallagher. Os avôs do punk Buzzcocks super seguraram a onda para uma tenda cheia de rodinhas de pogo. E o monumental Radiohead e seu palco de telões em placas fez o momento mágico do festival, com uma apresentação espetacular meio em cima de seu último disco, The King of Limbs, e meio resgatando grandes clássicos como Karma Police e Paranoid Android. Definitivamente o Radiohead parece uma banda de outro planeta.



Os brasileiros marcaram presença no Coachella!!

HOJE

De novo uma batelada de bandas. De novo o confronto cruel com o calor. Mas dá para cravar que o domingo do festival californiano vai ser marcado por duas coisas: a grande volta do grupo hardcore indie At the Drive-In e a história do holograma no show da dupla de hip hop peso pesado Snoop Dogg & Dr. Dre, que vai ressuscitar em palco o rapper Tupac Shakur graças à técnica. No show de Dre e Dogg, 2Pac, assassinado nos anos 90, vai cantar e dançar. Só vendo para crer. O “resto” do Coachella enfileira: Florence & the Machine, Justice, The Hives, Nero e um monte de outros shows bons. O Virgula Festivais vai (tentar) conferir tudo para depois contar aqui.











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Com muito calor e hip-hop, saiba como foi o segundo sábado no festival

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