Nasi é um dos maiores roqueiros do Brasil, fato! Sempre à frente do cultuado Ira!, o músico também se mantém firme em carreira solo, e é nesse campo que ele põe seus pés agora. O novo trabalho do ‘Wolverine Valadão’, é um DVD intitulado Egbe, e traz material inédito e algumas releituras interessantíssimas para músicas de Alceu Valença, Taiguara, do francês Michael Cogoni, e até do próprio Ira!.
Antes de chegar às lojas e às plataformas digitais, o DVD será exibido no Canal Brasil no dia 14 de novembro, às 18h, com reprise dia 20, às 10h. Todo gravado no Audio Arena, estúdio que fica dentro do Estádio do Morumbi. Nasi, que é são paulino, brinca: “Eu falo que a última coisa boa que saiu do Morumbi é esse meu disco (risos)”, e continua no modo brincalhão: “Se fosse no Itaquerão, talvez eu gravasse também, mas não sairia com a mesma qualidade (mais risos)”.
Sol e Chuva, de Alceu Valença, na versão de Nasi:
O nome do disco, Egbe, se pronuncia Ebé e é uma palavra em Yorubá, que significa comunidade, associação de pessoas, e ao mesmo tempo é o nome do Orixá protetor das crianças, muito ligado à alegria e música. Poucos sabem, mas Nasi sempre teve um lado religioso bastante forte; ele já passou pelo Espiritismo, Umbanda, chegou a ter um processo pré-iniciático na Bahia no final do anos 80, e faz sete anos que é iniciado no culto tradicional de Yorubá, raiz africana que no Brasil se transformou em duas religiões: o Candomblé e a Umbanda.
Depois de tanta informação, a gente do Virgula quis saber mais sobre o astro e o fez participar da nossa seção Perguntas de Verdade. Ele não arredou o pé e ainda fez várias revelações; odiava o apelido de Nasi no colégio, já quis ser oceanógrafo e se acha parecido com Al Pacino.
Quer saber mais sobre essa lenda urbana da música? Veja abaixo:
PERGUNTAS DE VERDADE
Virgula: Que profissão você teria se não fosse músico?
Nasi – Eu já prestei vestibular para agronomia, zootecnia e veterinária. Também prestei história, mas larguei o curso por causa do meu trabalho com a música, e também já quis ser jogador de futebol. Cheguei a fazer teste como volante no São Paulo em 1977, mas obviamente não passei.
O que você queria ser quando criança?
Eu queria ser oceanógrafo, por causa causa dos filmes do Jacques Costeau, que eu assistia muito.
Qual era o seu apelido quando criança?
Bom, tiveram alguns. O primeiro foi Marquinhos. Depois na escola foi Valadão, que é o meu sobrenome. Já no colegial eu ganhei o apelido de Nasi, porque naquela época, por volta de 1977, passava uma série na TV chamada O Holocausto, sobre o terror e a maldade insana dos nazistas. Como eu estudava em uma escola estadual, que ficava bem na frente de uma Febem, eu era meio briguento e acabaram me dando esse apelido. Mas eu nunca gostei de ser chamado dessa forma, pois isso nunca teve nenhuma ligação com a minha formação ideológica, pessoal, etc, e tal. Era um bullying. Talvez, se na época eu tivesse os direitos que os adolescentes têm hoje, eu poderia ter brecado esse bullying (risos).
Como foi o seu primeiro beijo?
Olha, meu primeiro beijo nem foi na garota que eu era afim, porque ela era muito tímida. E, na minha rua tinha uma garota mais velha do que eu, super dada, e foi com ela. Acho que foi ela quem me deu o beijo.
Qual é o seu filme favorito?
O Poderoso Chefão 1 e 2. Não vou escolher entre um e outro porque eles são praticamente uma continuação.
Quem faria você em um filme?
O Al Pacino! Eu gosto muito dele como ator e acho que a gente tem uma certa semelhança italo sul-americana (risos)
Qual foi a última vez que chorou?
Foi vendo algum filme, mas não lembro qual. Sei que bebi bastante vinho e assisti algum desses clássicos pela trigésima vez.
Que animal você seria?
Um crocodilo. Porque ele é impassivel, silencioso e só vai pro ataque na hora derradeira de não perder o golpe certo.
Qual foi a última música que você ouviu?
Mandingo, da Roberta Sá
Qual é a coisa mais preciosa que tem?
Paz de espirito. Quando tenho (risos)
Quais são suas obsessões não musicais?
Obsessão tem uma carga meio negativa, né! Mas posso dizer que sou uma pessoa apaixonada por Orixá.
Churrasco ou salada?
Olha, depois que eu fiz a operação bariátrica o churrasco não tá mais descendo bem. Mas ente um e outro: churrasco!
A última, como é sua rotina de manhã?
Eu gosto de acordar cedo por volta das 8h da manhã, tomo meu café e faço um circuito de uma hora e pouco. Depois volto pra casa e leio os jornais, porque sou assinante ainda, e acompanho os programas de esportes na hora do almoço. Isso em dias normais, pois quando tenho shows ou estou em turnê a coisa muda e depende da hora que eu chego.