Sempre se fala na palavra erro com uma certa dose de receio, como se errar fosse sinônimo de pecar, porque a nossa tendência é instintivamente procurar acertar sempre. Esse tão falado perfeccionismo nos cerca e se faz presente em nosso pensamento full time mesmo que não queiramos.
Vivemos na tênue linha entre o que herdamos como certo e errado. Punimo-nos diante do erro, enquanto deveríamos aprender com ele, extrair seu suco e jogar fora sua casca.
Não há crescimento sem sofrimento, não há aprendizado sem experiência, não há evolução sem erro. Como diz meu pai, viver é arriscar. Viver é cair um milhão de vezes e conseguir levantar cada vez de uma maneira diferente, reinventando-se sempre, mas jamais se repetindo.
Nossa geração precisa urgentemente fugir dos padrões, dos pré-conceitos, dos parâmetros hipócritas que foram estipulados pela sociedade do século passado.
Errar não significa necessariamente pecar, significa tentar, arriscar, ousar, investir em novas tendências, em novos horizontes. Santos Dumont que o diga, se ele não tivesse insistido no erro talvez hoje nós não teríamos o serviço aéreo ao nosso dispor.
Se começarmos a ver o erro como um exercício, como uma prática diária, tudo fica mais leve e uma hora a gente acerta, e o gostinho do acerto torna-se muito mais instigante.