Clarice Falcão dilui limites do real e imaginário no álbum visual “Truque” (Foto: Divulgação)

Clarice Falcão faz de seu quarto álbum, “Truque”, um salto no desconhecido e um ousado experimento de acreditar no improvável. O lançamento marca o primeiro álbum visual de sua carreira, consolidando suas múltiplas facetas.

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Entre a melancolia de uma “Monomania”, a sinceridade ácida de um “Problema Meu” e a entrega sem filtros de uma mente atribulada que “Tem Conserto”, surge uma artista que se volta para o afeto. E uma co-produtora segura de si para experimentar sonoridades que mesclam da música brasileira à PC Music.

Cantora, compositora, atriz e roteirista, Clarice Falcão se destaca como um dos mais reconhecíveis e inventivos nomes da cultura brasileira há mais de uma década.  Seu álbum visual chega com 12 clipes que dialogam com o talento de Clarice para desenvolver múltiplas personalidades e personagens. O resultado é um reflexo das complexidades do amor e das ilusões que alguém apaixonado cria na própria mente.

“’Truque’ é um disco sobre amor, sendo muito simplista. Mas é sobre se iludir e se desiludir. E se iludir de novo”, entrega Clarice, que recentemente estrelou “Eleita”, série que criou para o Amazon Prime Video. O trabalho explora diversos aspectos do romance, desde canções para dançar sozinho até aquelas para chorar no banho e fazer escolhas questionáveis.

Os primeiros singles do álbum, “Chorar na Boate” e “Ar da sua Graça”, foram uma introdução à diversidade de temas e estilos abordados em “Truque”, provando que este é o trabalho mais pop até aqui na trajetória singular de Clarice Falcão na música. Depois de uma estreia singela com “Monomania”, a artista logo se voltou para temas mais densos nos álbuns seguintes. Agora, ela retorna ao universo das paixões com uma nova abordagem.

Isso só foi possível graças à sinergia e à intimidade desenvolvida entre os dois produtores: Lucas de Paiva e a própria Clarice. Ao retomar a parceria bem-sucedida de “Tem Conserto”, as origens da cantora no folk e na música brasileira e do produtor na eletrônica se fundiram em um disco esteticamente versátil.

O conceito do “Truque” se estende para além das canções, incorporando elementos visuais em cada faixa. Os videoclipes idealizados pelo diretor Lucas Cunha buscam brincar com as percepções e ludibriar os sentidos. “A ideia seria cada um ser um truque. Puxar o tapete do espectador de alguma forma, mesmo que seja um detalhe”, explica Clarice.

O lançamento do álbum soma a um ano já marcante para Clarice Falcão, não apenas pelo “Truque” revelado e sua primeira turnê em três anos, mas também por representar um ponto de virada e maturidade em sua carreira artística. Em seu quarto disco, Falcão oferece conforto, catarse e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre os altos e baixos das relações amorosas.

Em breve, Clarice Falcão anunciará os primeiros shows desta turnê – com uma passagem já confirmada pelo festival Rock The Mountain. Enquanto isso, é possível se perder e se reencontrar no “Truque” de uma artista que se revela por completo em um álbum sem paralelos na sua discografia.


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Clarice Falcão dilui limites do real e imaginário no álbum visual “Truque”

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