Com um rock ‘n roll simples e objetivo, o Forgotten Boys vem conquistando cada vez mais espaço na cena nacional. A banda trouxe diversas novidades no último CD do grupo, Stand by the D.A.N.C.E., muito elogiado pela crítica. O guitarrista Chuck Hipolitho falou com o Virgula Música, confira:
VM – Como foi pro grupo gravar o Standy by the D.A.N.C.E.? Houve alguma diferença significativa no processo de criação?
Chuck Hipolitho – Foi muito legal, trabalhoso e exigente. Pela primeira vez trabalhamos com um produtor realmente responsável por tudo. Desde os ensaios ele já estava trabalhando em nossas composições. Gravamos uma demo com umas 16 músicas e 14 entraram no disco. O disco foi gravado no Estúdio El Rocha, em pinheiros, onde a gente sempre gravou. Na criação não houve muita mudança, mas, no processo de gravação sim, tomamos mais tempo do que tomávamos, em uma semana gravamos o Gimme More inteiro, nosso penúltimo disco, em uma semana conseguimos gravar as baterias de Stand By The D.A.N.C.E então, dá para ter uma idéia.
VM – O grupo mostrou que é capaz de compor igualmente bem em português. Isso é um sinal do que pode rolar no futuro? Já existem planos pra um próximo CD?
CH – Acho que depende ainda de um amadurecimento. As musicas só entraram porque passaram pelo nosso aval de 5 em português, apenas 3 entraram. Acho podemos melhorar para o futuro mas, trabalhar exclusivamente com o português está fora de cogitação, temos intenções internacionais também. Sem planos ainda para um próximo disco, apenas tocar, tocar e tocar. Mas, já estamos compondo, como sempre fizemos, mas, ensaiar músicas novas, vai demorar um pouco. Há muito que se fazer com esse disco ainda.
VM – Vocês acham que a cena independente está finalmente sendo reconhecida pela indústria da música ou eles estão só se aproveitando do momento?
CH – Acho que se eles se aproveitarem do momento é um sinal que ela está sendo reconhecida de alguma maneira. Faz parte de estratégia artística o artista saber como lidar com as coisas no futuro e continuar sendo original e tendo algo para mostrar. Acho que muita coisa legal está aparecendo, pessoas e bandas que não tinham condições nenhuma há tempos. Isso fez com que esses artistas, hoje, soubessem exatamente o que querem, e isso é muito bom. Um pouco de estrutura de e um circuito decente de shows não faria mal para ninguém. As gravadoras são o de menos. Precisamos mesmo é de tocar e chegar até as pessoas e isso tem tudo a ver com estrutura.
VM – O grupo é bem conhecido aqui em São Paulo, mas e as turnês Brasil afora? Como é a resposta nos shows?
CH – O público metropolitano é sempre um pouco mais frio, vai aos shows de uma maneira mais técnica, sei lá no interior e cidades menores a receptividade é diferenciada não quer dizer que um seja melhor do que o outro mas, me identifico mais com o interior, pois é de onde venho e é do jeito que eu era quando comecei a ouvir e amar a música. Nos nossos shows o normal é as pessoas perderem a cabeça, como todo show de rock Começamos o ano meio atropelados por várias coisas, e o shows devem mesmo começar agora.
VM – O Forgotten tem planos de fazer uma turnê no exterior?
CH – Sim, temos planos de licenciar o disco lá fora e assim fazer uma tour isso leva um tempo ainda.
VM – Qual que foi o melhor show da banda?
CH – Hum acho que o show que fizemos no lançamento do disco no Rose Bom Bom foi especial. O clima estava ótimo e a performance foi muito legal vou sempre me lembrar dele. Mas, abrir para o MC5 no Campari Rock de 2005 foi bem legal também.
VM – Nessas andanças pelo país, vocês viram alguma banda começando que chamou atenção?
CH – Sim, o Vanguart de Cuiabá, ainda vamos ouvir falar muito deles tem uma outra chamada Ludovic, que também é muito legal, daqui de Sampa, o guitarrista deles toca no Bonnie Situation, que também vai ser bem falado. Gente de muito bom gosto e talento começando agora.
VM – O Forgotten sempre toca em lugares menores onde a energia se concentra bastante, como é a diferença pros grandes festivais? Como será o Abril Pro Rock?
CH – Existe diferença, mas, cada lugar tem seu charme tocar em festivais grandes é muito legal por causa da estrutura e do tamanho, você chega a MUITA gente e o resultado sempre é legal e o som fica GRANDE em lugares pequenos o que rola é o clima e a proximidade com o público, é onde o bixo pega fogo.
VM – Deixem um recado pros internautas do Virgula!
CH – Apóiem o que amam, e amem a música, acima de tudo, ela é para sempre. E muito obrigado a todos pela entrevista, pelo interesse e pelo espaço!