Camila Cabello tem paixão. Enquanto muitos astros fazem shows no piloto automático, esta percepção passa longe da performance da cubana de 21 anos. Ela dança, sua, rebola, se descabela e canta muito. Vai dos graves ao agudos com maestria e sem perder a ternura jamais.
Os “camilazers”, como são chamados seus fãs, se derretiam a cada “eu te amo” falado em português durante a apresentação neste domingo (14), no Allianz Parque, em São Paulo, no Z Festival.
A apresentação memorável marcou a estreia solo da ex-Fifth Harmony em São Paulo. Antes, Porto Alegre e Uberlândia viram o mesmo show. Ela se despede do Brasil após passar por Curitiba nesta terça.
No show da capital paulista, Anitta foi a surpresa. Antes de introduzir a popstar número 1 do Brasil, Camila disse que havia pensando em uma participação que faria o público enlouquecer. Acertou em cheio e Paradinha quase demoliu o estádio.
A excitação estava no ar. Pais e mães, geralmente emburrados em shows deste tipo, quando são arrastados pelos filhos, cantavam, pulavam e ocasionalmente deixavam escapar uma lágrima quando a artista pediu que seus fãs tivessem paciência e cuidado consigo mesmos.
A música, calcada em melodias e ritmos poderosos, abarca referências como rap, R&B e música latina. Na baladona Consequences, ela toca piano e canta acompanhada pela multidão.
A festa termina com Havana, hit supremo de 2018. Never Be The Same (nunca ser o mesmo), nome do álbum de estreia e da turnê, representa o encontro da diversão catártica, necessária para que possamos desligar dos problemas cotidianos, e o papel transformador da arte. Depois desta noite, não seremos os mesmos, de fato, mas sempre seremos “camilazers”.