Nesta sexta-feira (22), a Folha Online publicou matéria que aborda a polêmica que cerca a venda de ingressos dos shows da cantora Madonna no Brasil, marcados para 14 e 18 de dezembro, no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente. Investigando outros pontos relacionados ao assunto, o Virgula apurou hoje as informações com o Procon, que afirmou que a empresa que organiza o show, Time 4 Fun, poderá ser multada caso não regularize a cobrança da taxa de “conveniência”.
Diretor de fiscalização do Procon, Paulo Arthur Góes explicou que a taxa de 20% sobre o valor do ingresso, que é aplicada nas compras de ingressos para o show via internet ou telefone, está fora dos padrões. “A empresa não pode cobrar o valor de 20% da taxa de conveniência”, explicou. “Ela pode instituir um valor fixo, mas não em porcentagem.”
Para poucos
O ingresso mais caro, para a “platéia VIP”, situada à beira do palco, de R$ 600 passa para R$ 720, se comprado on-line ou por telefone, sem contar a taxa de entrega – cujo valor ainda não foi confirmado. “A taxa de entrega é outro fator irregular, pois você compra pela internet, mas tem que buscar na bilheteria, ou seja, não há ‘conveniência’ nenhuma ao comprador”, defendeu Paulo. Segundo ele, caso a empresa não reveja as formas de vendagem de ingressos, “a multa, pode chegar até 3 milhões de reais”.
Luta por ingressos
Nas comunidades e sites dos fãs de Madonna, a polêmica é sobre o medo dos ingressos, para a área VIP, se restringirem somente aos associados do fã clube oficial Icon, que tiveram o privilégio de garanti-los com antecedência. No entanto, a assessoria do show confirmou que a reserva para os associados ao Icon “é bem restrita e vai sobrar lugar para o grande público”.
Rafael Augusto, designer gráfico e fundador do site madonnaonline.com.br, falou que os associados ao Icon estão conseguindo adquirir os ingressos sem nenhuma dificuldade. “O medo era que esta pré-venda esgotasse a área VIP, mas ainda há como comprar”, contou ao Virgula.
