Parece um presente de Natal. Há 25 anos, o The Police incendiou o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1982, o trio tocou para um público de 5 mil pessoas, que na época, via o show de uma das melhores bandas da década, por mil cruzeiros.
Durante a apresentação, que teve como ponto alto a música Do Do Do, Da Da Da Da, o música mais conhecida do trio pelos brasileiros, dois fãs entusiasmados se penduraram em uma corda no teto do Maracanãzinho. Antes do show, o grupo recebeu ninguém menos que Ronald Biggs no camarim. Não se lembra dele? É o criminoso britânico que participou do assalto ao trem pagador em 1963.
Voltando ao Police, este mês, para ser preciso no dia 8, o trio retorna para um show maior em todos os sentidos. Agora o palco não é mais o Maracãnazinho, e sim o Maracanã, estádio com capacidade para receber 92 mil pessoas.
Os ingressos também estão mais caros, indo de 160 e 500 reais. E um detalhe: os mais caros se esgotaram na primeira semana de venda.
Mas, em 25 anos, muita coisa mudou. O trio se separou – pouco mais de um ano depois de tocar pela primeira vez no Brasil – e cada um seguiu seu caminho. Sting ainda passou por aqui em 2001, apresentando seu trabalho solo, mas sem Stewart Copeland e Andy Summers (que também passou por aqui, mas em 2006), não foi a mesma coisa.
No show de 1982, o Police pisava em solo brasileiro como a banda do momento. Tinha três discos na bagagem, Outlandos d’Amour (1979), Reggatta de Blanc (1979) e Zenyatta Mondatta (1980). O melhor, e último, disco do trio só viria em 1983.
Synchronicity aumentou o status da banda, que com ele, conquistou todo o mundo. É desse disco o big hit Everybreath You Take, e outros como King of Pain, que o público brasileiro irá ouvir pela primeira vez, ao vivo, com os criadores originais.
Hoje, a banda parece ter superado, pelo menos neste momento, as diferenças que dissolveram o trio no passado. Para depois da turnê, que começou no Grammy deste ano, eles pretendem gravar um novo disco de inéditas.
Daí, é torcer para que o trio tenha fôlego para o segundo tempo dessa história, depois de um intervalo de mais de 20 anos.
+ Discos que ficaram na história: Synchronicity, o clássico do The Police