O duo Lucy and The Popsonics, que se apresentou às seis da tarde no festival Planeta Terra, transformou o espaço onde estava o público do palco indie em uma pista de dança. Trajando um visual retrô com direito à vestido verde com cinto bege na cintura, meia calça vermelha e cabelo vermelho-alaranjado, Fernanda Popsonic (baixo e vocal) fazia movimentos graciosos, que ora remetiam a uma pin-up, ora remetiam ao espírito rock’n’roll no melhor sentido “rebelde”. Talvez uma rebeldia alegórica, por assim dizer.

Seu parceiro de dupla, Pil Popsonic (guitarra e backing vocal), fazia mais o estilo indie que estamos acostumados: camisa justa, escrito com durex amarelo “Afraid of a big stage”, e calça com boca afunilada. Entretanto, o som que era tocado – um dance music ou se preferir eletro-punk – agitou os presentes e até quem não conhecia a banda. Ambos possuiam uma rosa vermelha na correia de seus instrumentos e, nas caixas de som do lado de cada um, havia dois desenhos de cabeça de panda, um macho outro fêmea, alusão ao apelido “eletropandas”, que se autointitularam.

Na platéia, durante a música Garota Rock Inglês, quatro amigos improvisaram um “bate-cabeça” e um rapaz no estilo metaleiro, todo vestido de preto e cabelo comprido, dançava despreocupadamente.

Fernanda, que ao subir no palco incorporou Lucy (ou, pelo menos, foi assim chamada por um e outro da platéia), gritava uns “uhh”s guturais, a despeito do som electro que fazem. Agradece a “todo mundo aqui”, apontando para a direita, e “a todo mundo aqui…” apontando para a esquerda, deixando o baixo de lado para perambular pelo palco, cantando Chick Chick Boom.

Apesar do leve aspecto de cansada, a vocalista reuniu energia para ir de um lado a outro no palco, subir na caixa de retorno do som, cantar para o cameraman, tudo isso com graça, feminilidade e altivez.

Os eletropandas interagiam em boa parte das músicas, no que se pode chamar de “duelo de cordas”, mas os olhares predominavam sobre a baixista, que em sua última música desceu do palco e foi até a grade cantar junto ao público, segurando a toalha que usava para enxugar o suor. Nesse momento, um aglomerado de pessoas insurgiu até onde a vocalista estava para encostar nela e tentar pegar a toalha.

A apresentação terminou deixando em clima de “quero mais”. Dois espectadores, Melissa e Renan (ambos, 18 anos), mal podiam se conter de excitação ao expressarem sua opinião sobre a banda: “É muito louca, apresentação perfeita, vai ser revelação!”. Renan foi o fã instantâneo do grupo que conseguiu pegar a tal toalha.

O duo ainda tocou as inéditas Cosmonauta e Pop Doll Killer, e uma versão eletropunk de Refuse/Resist, do Sepultura.

Para alguns, a performance de Fernanda lembra a de Marina Vello, vocalista do Bonde do Rolê, já outros disseram que ela tem alguma coisa de Lovefoxxx, do CSS. Talvez, ela seja um mix das duas com uma pitada de death metal para variar.

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Show de Lucy and the Popsonics não deixa ninguém parado no Planeta Terra