Engana-se quem acha que o racismo e a apologia ao nazismo não têm mais vez na Alemanha. Passados 62 anos da morte de Adolf Hitler, seus ideais continuam a ser propagados e agora, com um forte aliado: o rock alemão.
É com o estilo musical que partidos de direita neonaziasta do país querem conquistar os jovens do campo e de classe baixa.
Só pelo nome das bandas dá pra ter uma noção das mensagens que os grupos querem passar: Terrorkops (Formações Terroristas), Endloeser (Exterminadoras) e Landser (Soldados) são alguns exemplos.
A jogada política vem dividindo opiniões entre os alemães. A polícia já cansou de interromper shows desses grupos, que agora divulgam o dia e local das apresentações minutos antes dela começar.
99 discos desses grupos (entre eles os que levam os nomes Câmera de Gás e No Quartel-general do Führer) foram proibidos de serem vendidos a menores de 18 anos. As músicas falam de ódio, citam campos de concentração (onde é o lugar do inimigo), são racistas (cantam contra homossexuais, negros, índios, judeus e comunistas) e exaltam Hitler.
A Alemanha tem leis rigorosas contra a promoção do nazismo. Com medo de que, inspirados nas músicas, os jovens passem a cometer atos violentos, a polícia alemã lançou um alerta contra a propagação das músicas pela internet.
Em 2006, o vocalista da banda Landser, Michael Regener, foi condenado a três anos e quatro meses de detenção depois que a Justiça alemã entendeu que o grupo era uma organização criminosa que disseminava o ódio racial, e não apenas uma banda de rock. Felizmente no Brasil estes grupos são quase desconhecidos do grande público.