Paul McCartney (65) nunca esteve em um momento tão produtivo. Momento este que teve início há uns dois anos quando lançou Chaos and Creation in the Backyard (2005), álbum indicado ao Grammy.

Depois, o ex-beatles lança, no ano seguinte, Memory Almost Full, álbum indicado para três Grammys, mais Ecce Cor Meum, álbum de música clássica, e uma nova retrospectiva contendo três DVDs , The McCartney Years, com vídeos e imagens de seus anos de carreira solo.

O músico ainda esteve envolvido no lançamento do DVD do segundo filme dos Beatles, “Help!”, de 1965, e participou como convidado nos álbuns recentes de Tony Bennett, George Benson/Al Jarreu e George Michael.

A respeito do volume de atividades que desempenha, McCartney disse, em entrevista ao New York Times: “Eu acho que uma das grandes coisas é que a música é um grande remédio, uma terapia. Frequentemente, quando você passa por um momento difícil -como você pode imaginar, sem que eu precise falar muito a respeito, este último ano foi bastante difícil- poder se envolver com sua música é ótimo”.

“Logo, acho que estou bastante feliz por nos últimos dois anos poder ter contado com minha música e ter lançado mateia que parece significar algo”, acrescenta o músico.

O “ano difícil”, ao qual o músico se refere, foi em relação ao conturbado divórcio com sua segunda ex-mulher Heather Mills.

A respeito do divórcio, o músico não quer falar nada, mas reconhece que a música serviu como uma espécie de terapia.

“Você está se sentindo mal, então você se recolhe em um canto com seu violão e compõe algo, e de alguma forma você parece conseguir conduzir a si mesmo em meio à situação e resolver a coisa com sua música”.

McCartney deixou sua antiga gravadora, EMI, e assinou com a Hear Music, selo de rede de Cafés Starbucks, para o CD Memory Almost Full. Disse estar contente com a forma como o CD foi tratado.

“Eles realmente demonstraram paixão que frequentemente falta na indústria musical”, disse o cantor. “Eles estavam com a cabeça no lugar certo. Eles sabiam o que estavam realmente fazendo enquanto outros estavam se debatendo, e acho que realmente foi um grande despertar neste ano para muita gente na indústria musical, que agora está ocupada botando ordem em suas casas”.

O músico compositor ainda falou do “The McCartney Years”, do qual foi produtor executivo e gravou faixas de comentários. Mas, na verdade, os dois grandes idealizadores foram o diretor Dick Carruthers e o consultor de produção Ray Still, que apresentaram a proposta à McCartney juntamente com um material que reconstituiram, tanto visual quanto sonoramente.

“Eles começaram a me mostrar os resultados e foi algo como:’Nossa, nunca ouvi desta forma, e nunca vi desta forma”, lembra McCartney. “Todas as cores foram restauradas e eles limparam as mixagens de som (…)Eu fiquei fascinado com tudo. E me interessei pela idéia”.

“É como um velho álbum de fotos, olhar para as imagens de você mesmo de muitos anos atrás”, acrescenta sobre sua sensação ao ver as imagens. “Eu acho que tem uma qualidade afetuosa no final”.

Além de “The McCartney Years”, há um lançamento do catálogo dos Beatles, tão aguardado pelos beatlesmaníacos, para venda online que, segundo o músico, provavelmente sairá em 2008.

“Está sendo negociado. A maioria de nós já acertou tudo. A coisa toda está pronta, de forma que não deverá demorar muito. Mas, você sabe, é preciso fazer estas coisas direito. Você não deseja fazer algo tão legal como isso e, três anos depois, pensar ‘Meu Deus, por que fizemos aquilo?'”

O músico nem pensa em tirar férias nesse momento. Enquanto ainda não sabe ao certo seu próximo projeto, ele começou a trabalhar em estúdio com seu filho James, que tocou guitarra no álbum Flaming Pie (1997) e percussão em Driving Rain de McCartney, assim como participou do Wine Praire (1998), álbum solo póstumo de Linda McCartney.

“É sensacional. Ele esta fazendo tudo. Está compondo tudo, tocando tudo. Mas ainda não está nada definido. Nós não sabemos se funcionará (…)Mas, você nunca sabe, algo pode resultar disso”.

O músico e pai orgulhoso disse que se er certo, não caberá na sala de controle do estúdio. “Eles vão ter que me manter do lado de fora em uma tenda grande”, diz rindo. “Estou realmente adorando”.

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Paul McCartney fala de suas várias atividades e projeto com seu filho