Matt Bellamy (vocal e guitarra), Christopher Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria), trio que forma o Muse, subiram ao palco do HSBC Brasil, na noite desta quinta-feira, em São Paulo, para um show por muito tempo esperado pelos fãs. Entre eles, a cantora Pitty e o guitarrista do NXZero, Fi, que estavam ansiosos na platéia.
Pontual – coisa que alguns norte-americanos deveriam aprender com os ingleses – o trio abriu o show com Knights of Cydonia, e o público que lotou a casa acompanhou Matt em cada palavra.
Matt, aliás, é o dono do show. As distorções que ele produz com suas guitarras – perdi a conta do troca-troca entre instrumentos – deixa qualquer um de boca aberta.
Em uma hora e meia de show, tocaram músicas que estão no mais recente disco ao vivo, HAARP, um apanhado dos dois últimos discos de estúdio dos caras.
“Map Of The Problematique”, “Histerya”, “Plug in baby”, “Starlight”, “Invencible”, “Take a Bow”, “Time is running out” e “Supermassive Black Hole”, que transformou a casa numa pista de dança, foram os pontos altos da noite, que teve como música de abertura do bis “Stockholm Syndrome”, quase levando a casa abaixo.
Com a banda tocando numa casa pequena, o cenário da nova turnê não pôde ser reproduzido fielmente. Apenas um telão exibindo imagens decorava o palco. Mas os fãs foram surpreendidos por jatos de fumaças no palco em duas músicas e bexigas gigantes que apareceram do nada para serem estouradas pela platéia.
Simpático, sempre dizendo um “muito obrigado, ‘San’ Paulo” ou um simples “cheers”, o trio inglês mostrou que a espera valeu a pena e saldou a dívida com quem esperava há tempos o show do Muse. No palco, o trio não protagonizou as mesmas palhaçadas ou sequer mostrou uma bandeira do Brasil como no Rio. Porém, fez um show fiel, o que, para quem estava na espera há muito tempo, já é suficiente.
