NOVA YORK (Reuters) – A gravadora BMG vai apresentar na quarta-feira o que descreve como um sistema de contabilidade mais justo e mais transparente para o pagamento de royalties, informou o jornal The Los Angeles Times em sua edição online.
A BMG é o primeiro grande selo a abrir mão das deduções de contratos que os artistas dizem prejudicar seus ganhos, e a iniciativa pode aliviar a polêmica em torno da questão de os artistas estarem sendo ou não fraudados por suas gravadoras.
A iniciativa se dá no momento em que parlamentares da Califórnia e de Nova York estão começando a analisar queixas registradas por artistas pop sobre práticas contábeis questionáveis por parte das gravadoras, explicou o jornal.
Nos próximos anos, a BMG pretende introduzir um novo modelo de contrato pelo qual a empresa controlaria a carreira do artista por menos anos, mas teria uma participação em várias outras fontes de sua renda, incluindo os lucros obtidos de shows e contratos de patrocínio e para fazer filmes, disse o jornal.
As revisões de direitos autorais que estão sendo feitas pela BMG — gravadora de artistas como Carlos Santana, OutKast e Britney Spears — não devem resultar em pagamentos de royalties maiores aos artistas, segundo o jornal.
Mas executivos da empresa disseram que o novo plano vai simplificar os cálculos dos direitos autorais, de modo que os artistas terão menos dificuldade em determinar quanto lhes é devido.