Mineiro rebento de Uberaba, Evandro Santo não é apenas Christian Pior, um dos personagens humorísticos brasileiros mais aclamados pela audiência do Pânico na TV, programa no qual que esculacha celebridades com muita inteligência, jogo de cintura e elegância. É também devoto da rainha Madonna e já gastou pencas de dinheiro com singles, álbuns, revistas e outras parafernálias relacionadas à cantora, sobre a qual conversou com o Virgula Música, dando de bandeja um top 10 especial com suas favoritas da maior diva da música pop. Com a palavra, Evandro.

De turnê a turnê

“Sou muito fã dela desde 1985 e já assisti a quatro turnês. Esta que vem neste ano para o Brasil, a Sticky & Sweet, acabei de ver em Roma. Não é minha turnê predileta, mas vou assistir aqui em São Paulo nos dias 18 e 20 com certeza, e provavelmente no dia 21. Acho difícil bater o Confessions On the Dancefloor, que teve aquela iluminação, aquele figurino do Jean-Paul Gaultier… E essa turnê atual é bem naquelas… ‘Vai acabar meu contrato com a Warner, tô devendo um CD, tô devendo um DVD. Vamos encerrar logo esse período’. Então tá muito ‘foda-se Warner’. Nesse show, você vê que ela tá bem miudinha e que a idade bateu mesmo. É bonitinho vê-la assim, dançando, ainda pulando. É um show bom, mas não é o melhor dela. Assisti a Girlie Show em 1993 aqui no Brasil, há 17 anos. Gostei, mas a turnê da qual mais gosto é mesmo a Confessions. E a Re-Invention, que tem Vogue e tal, também é muito boa”.

Filas européias e filas brasileiras

“O brasileiro que fica nas filas da Madonna geralmente é mais simpático. O europeu é um pouco esnobe, tipo fechado. As mulheres também, mas os gays principalmente são meio armados. Prefiro as filas daqui. O povo é mais visceral, briga mais. Lá tem muita concorrência baseada em nacionalidade nas filas. Sei porque já fiquei em filas em Portugal e na França. O fã francês não considera, por exemplo, o fã português. Tipo ‘você é belga, não deveria estar aqui’. ‘Você é espanhol, você é menor’. Aqui o pessoal era mais legal, mais à vontade, a fim de comprar o ingresso mesmo”.

Top 10: Madonna por Christian Pior, em vídeos e comentários

1. Like a Virgin

“A primeira música da Madonna que me marcou foi Like A Virgin, porque a primeira vez em que eu a vi foi no clipe dessa música. O FM TV, extinto programa da TV Manchete, passou o vídeo. Naquele dia, quando vi a imagem dela dançando na gôndola, naquela TV preto-e-branca, virei fã na mesma hora. Foi um marco porque foi a música que me fez gostar dela”.

2. Like a Prayer
“Também gosto muito de Like A Prayer, que foi lançada em 1989, no mês de março, e coincidiu com o período em que eu saí de casa. É a trilha-sonora de quando eu ganhei o mundo. Sempre que escuto, lembro de Uberaba. Lembro de mim saindo de casa”.

3. Vogue
“Quando cheguei a São Paulo em 1990, Vogue estava começando a bombar. Lembro de mim andando no Largo do Paissandu e comprando a revista Bizz com a Madonna na capa, além do vinil de I’m Breathless. É a música da minha chegada a São Paulo. Significa muito para mim. Tem muito a ver com sentimento”.

4. Rescue Me
“Outra música que eu adoro é Rescue Me, que é do Immaculate Collection. Tem uma letra muito bacana que marca o ápice de popularidade da Madonna em 1990. É como se ela quisesse ser resgatada da humanidade dela. Letra muito profunda, acompanhada por aquelas batidas de coração”.

5. Fever
“Adoro Fever, que é a quinta música do Erotica. Na verdade, é uma regravação e foi a música da qual mais gostei no Girlie Show, apresentação dela que eu assisti no Brasil. É uma música gostosa, com uma batida elegante, uma house legal. E a Madonna está com uma voz quase deprê. Acho bem bacana”.

6. Secret Garden
“Também do Erotica, pouquíssimo conhecida. Música que encerra o álbum. Nela, a Madonna conta que queria ter um jardim secreto, onde iam brotar as flores, uma coisa muito poética, escapista para aquela época. Música de introspecção. Todo mundo estava malhando a Madonna, que vivia uma fase pesada, que era o Erotica. Corpo em evidência”.

7. Frozen
“Frozen marcou a época em que a Madonna veio com tudo de novo. Foi também uma época muito boa da minha vida, quando eu comecei a viver muito bem de comédia, em 1998. Trabalhar muito, fazia muito telegrama animado, ganhava dinheiro, morava sozinho… Muita animação. Tinha acabado de mudar para um apartamentozinho, pagando meu aluguel, me sentindo adulto. Frozen é muito esse período pra mim e gosto dessa fase”.

8.Get Together
“Gosto muito também de Get Together, música dela que ficava na minha cabeça quando assisti a turnê Confessions em Paris, que foi onde vi a Madonna mais de perto. Eu ia ao Palácio de Versalhes, à Praça da Bastilha, à Catedral de Notre Dame, e ficava com ela na cabeça nesses lugares todos”.

9. She’s not me
“Agora gosto de She’s not me, porque é uma música bem de dor de corno. Toda vez que lembro de uma relação que não deu muito certo, ela encaixa. Sabe aquele lance de se comparar com uma pessoa? ‘Por que aquela pessoa e não eu? O que ela tem que eu não tenho?’. Então, essa música tem tudo a ver”.

10. Crazy for you
“Eu dançava Crazy for you nos bailinhos da quarta série em Uberaba. O single dessa música é dificílimo de achar. Tenho o compacto porque ela fez parte de um filme, e depois foi lançada no Immaculate Colection. Lembro que eu, criança em Uberaba, com 11, 12 anos, ficava torcendo para ela aparecer na rádio, mas ela tocava raramente.”

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Madonna na vida de Evandro Santo, o Christian Pior

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