Nessa terça-feira (2/5), chega às lojas dos Estados Unidos “Pearl Jam”, o novo álbum da banda. O trabalho dos caras vem como uma bola de fogo – a maioria das músicas (como “World Wide Suicide”, uma amarga e furiosa desgraça sobre a morte de um soldado e a previsão de uma guerra sem fim) são ágeis e barulhentas. O álbum abre espaço também para baladas como “Parachutes”, canção ao estilo John Lennon, com algumas batidas omitidas e outras adicionadas, com a marca característica da banda.

Jon Pareles, do jornal The New York Times, comentou o novo trabalho:

Há algo obstinado e honrável sobre o Pearl Jam. Depois de vender milhões de álbuns nos anos 90, a banda há muito tem largado as partes de sua música que eram mais palatáveis às estações de rádio – acordes grunges, refrões tensos – e as deixou nas mãos de bandas amigas da MTV que já soam como atos de nostalgia dos anos 90. “Uma vez dissolvidos, estamos livres para crescer”, canta Eddie Vedder em “Severed Hand”, uma música de grunge de garagem do primeiro álbum de estúdio da banda desde 2002, quando lançou o homônimo “Pearl Jam”.

O Pearl Jam agora se apóia tanto no rock de garagem dos anos 60 e na psicodelia como no metal e no punk. As letras de Eddie Vedder abordam os mais variados e turbulentos temas: morte, guerra, moralidade e fé – com a sobriedade típica de quem vê tudo de um patamar privilegiado, alcançado somente por aqueles que casam a competência com o talento, sem deixar de lado suas raízes.

Ao invés de perseguir sucessos estilo pop, a banda de Seattle afina a disputa de duas guitarras entre Stone Gossard e Mike McCready, e dá a Vedder toda a autonomia para criar e executar. Pegue-os ou deixe-os – como um Los Hermanos por aqui – eles não sairão do caminho para te agradar, e estão longe de dar um adeus


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Longe dos estúdios há quatro anos, Pearl Jam lança novo álbum