Antes de ver o tão esperado show do Evanescence, os fãs vão assistir a outra estréia em palcos brasileiros: o da banda uruguaia Silicon Fly, escalada para esquentar o palco antes de todos os shows da banda de Amy Lee.
Em entrevista por telefone ao Virgula-Música, direto de Porto Alegre onde tocaram pela primeira vez, o guitarrista e vocalista Guilherme Savoi contou que a oportunidade de tocar no Brasil foi idéia da gravadora. “Eles acharam que nosso som tinha a ver com o do Evanescence e quer era uma ótima chance para nos lançar no país”, disse ele.
O Silicon Fly pode ser comparado ao Nine Inch Nails visto que é uma banda de um homem só. Guilherme canta em inglês, e o som está mais na linha de bandas como Panic at the Disco, Fall Out Boy. Por isso não vá esperando um som muito pesado.
Para gravar seu segundo disco (Find A Way) ele recrutou um time seleto de músicos que tinham tocado com artistas como Milton Nascimento, Pantera, Molotov e outros, sob o olhar do produtor Warren Riker, ganhador de Grammys com Santana, Lauryn Hill e Fugees.
Savoi é fã confesso do Evanescence e tem a resposta para o sucesso do grupo: “a qualidade das letras, do som e dos músicos”. “As letras e a músicas são únicas. É uma das melhores bandas do dark rock. E tem a voz de Amy Lee que é excelente. Fazem um bom rock e isso é tudo”, diz ele sem poupar elogios.
No Uruguai, ele comenta que o rock mais pesado sobrevive mesmo com o pouco espaço na mídia. “O país é pequeno mas tem o coração grande, assim como a cena do rock, que vive no underground”, diz ele, que já emplacou singles até nas rádios da África do Sul com o primeiro disco Here We Are.
O guitarrista revela estar ansioso também para ver o show do Evanescence. “Será o meu primeiro. Vou perder minha virgindade evanescenciana”, brinca ele.
“Estamos preparando algo especial, muitas canções. Queremos mesmo é tocar rock’n’roll. Vamos aproveitar a situação para deixar uma imagem do que é o Silicon Fly e quem sabe emplacar alguns singles”, comenta Gustavo. Durante os shows, algumas imagens serão gravadas para fazer parte de um DVD especial da banda.
Sempre viajando com a guitarra nas costas – para chegar a Porto Alegre a viagem de ônibus levou quase um dia a mais do que o planejado – ele diz que a vida agitada de músico não tem nada demais. “Somos todos iguais. É um vida corrida, mas normal”.
O que os brasileiros podem esperar? Nas palavras do ‘Trent Reznor’ uruguaio: “Um bom show de rock”.
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