Marlon Jackson, irmão do Rei do Pop e ex-integrante dos Jackson Five, está envolvido em um enorme e controverso projeto de construção de um resort milionário e memorial da escravidão na cidade de Badagry, na Nigéria.

O luxuoso hotel vai custar cerca de US$ 3,4 bilhões e contará com um museu da escravidão, um parque temático e ainda um memorial à carreira do quinteto que revelou Michael Jackson para o mundo nos anos 60.

A ideia é atrair o maior número póssível de turistas afro-americanos interessados em rastrear as suas raizes familiares e homenagear o povo africano que teve de abandonar sua terra nativa para trabalhar nas lavouras da América do Norte.

Mas a idéia de combinar a sofrida história dos milhões de homens e mulheres que morreram e foram escravizados pelo homem branco com luxo, coquetéis à beira da piscina e cifras absurdas desagrada muitos políticos locais e estudiosos do assunto, como o professor da Universidade do Texas, Toyin Falola.

“Não é apropriado, do ponto de vista histórico”, disse o renomado historiador em entrevista à BBC. “Ganhos financeiros e memórias históricas são aliadas na extensão do capitalismo. Você chora com um olho e limpa a lágrima com cerveja gelada, deixando o outro aberto para as apostas.”

O escritor Don Adinuba concorda com o professor Falola e também vê problemas na instalação do luxuoso hotel e cassino.

“Esse plano é moralmente repreensível. É como dançar na sepultura das pessoas mortas e dizer que está honrando suas vidas”, declarou.

Além de Marlon Jackson, também está envolvido no ambicioso projeto o criador da série de televisão Power Rangers e outros grandes empresários ligados ao grupo de investimentos Motherland.

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Irmão de Michael Jackson investe em "resort da escravidão"

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