José Mojica Marins, cineasta e criador do sinistro personagem Zé do Caixão, esteve sexta-feira passada no Virgula, para participar de um chat. Durante quarenta minutos, falou de seu novo filme, A Encarnação do Demônio, baratas inconvenientes, mulher ideal e, claro, assuntos funestos. “Caixão é normal, sepultura é normal. Eu já dormi em necrotério com dois defuntos do lado. Mais forte do que isso não há!”, brincou Mojica.

Sobre A Encarnação do Demônio, afirmou ser “a bíblia do terror da América Latina” e reclamou por ser perseguido pela censura. “Meu filme tem classificação etária acima de 18 anos, mas meus 12 concorrentes diretos de bilheteria foram classificados apropriados para maiores de 14. Meu público adolescente não pode me assistir e isso me magoa muito”, disse.

Logo após o chat, conversamos com Mojica para a seção iPop, em que ele indicou as músicas que nunca se cansa de ouvir.

iPop: Zé do Caixão

1. Beatles – Help
“É minha música preferida dos Beatles, que admiro porque realmente fizeram história no rock, com grandes mensagens do passado que não vejo mais”.

2. Dalva de Oliveira – Pequeno Grão de Areia
“Procurava reunir as estrelas do mar com as do céu. Dalva tinha voz de cristal e isso conquistava seus milhares de fãs. A música tem uma história muito bonita por trás”.

3. Ângela Maria e Agnaldo Timóteo – A Noiva
“Conta uma história real que ainda acontece, quando a família obriga uma mulher a casar-se com um homem, mesmo ela amando outro”.

4. Vicente Celestino – Coração Materno
“Vicente era o homem que tinha voz de tenor e explodia um copo diante de seus olhos. Coração Materno traz uma mensagem que não vejo mais nas músicas de hoje. Jamais o homem poderá amar outra mulher tendo feito como vítima sua própria mãe”.

5. A história do Mamute
“Só pode ser ouvida pelo vídeo na internet, mas me traz tranqüilidade e me remete à infância”.


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iPop: Zé do Caixão comenta músicas preferidas e fala sobre novo filme

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