O biógrafo Jimmy McDonough levou oito anos e fez 300 entrevistas para concluir seu livro de 800 páginas sobre o lendário roqueiro Neil Young. Mal sabia ele que, em 1998 — quando tudo ficou pronto –, seus problemas estavam apenas começando.

Young havia autorizado a biografia em 1991, mas decidiu que não queria mais ver o livro publicado e retirou a autorização.

“A primeira vez que entrevistei Neil Young foi muito fácil”, recorda McDonough, autor de “Shakey: Neil Young’s Biography”. Mas ele afirmou que o músico canadense, célebre por canções como “Sugar Mountain” e “The Needle and The Damage Done”, foi ficando cada vez mais avesso a conversas com o passar do tempo.

McDonough não explicou exatamente por que o artista de 56 anos retirou seu apoio ao livro, mas sugeriu que o lendário cantor e compositor é uma pessoa extremamente reservada, que detesta falar a seu próprio respeito.

O livro mostra Neil Young como músico isolado que pratica sua arte de maneira implacável, deixando para trás diversos colegas de banda, muitas vezes afundados num mar de drogas e contratos rompidos.

Depois que Young retirou sua autorização, McDonough abriu uma ação contra ele, pedindo para publicar a biografia e receber 1,8 milhão de dólares por quebra de contrato. Um acordo acabou sendo fechado fora do tribunal e o livro foi publicado no Canadá e nos EUA em maio.

Deixando de lado os problemas com sua publicação, “Shakey” é sobre Neil Young e a profissão perigosa do rock’n’roll.

McDonough vê essa música como sendo alimentada por uma chama fugidia, e Young como sobrevivente que conseguiu voar até muito perto dessa chama em diversas ocasiões e sair sem se queimar.


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Biografia de Neil Young consumiu 8 anos e um processo judicial

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