Antecipando seu novo disco, “Respira”, a multiartista e produtora negra Bia Nogueira faz de seu novo single e clipe, “Calma”, um chamado à reconexão e a confiar nos caminhos da natureza. A sonoridade conecta a música tradicional afro mineira – o congado – ao pop, à MPB e ao eletrônico, enquanto a narrativa visual leva para as águas a potência de reverter as marés e trazer boas novas. O lançamento é do selo A Quadrilha, do rapper Djonga e chega com um clipe.
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A mescla de diferentes linguagens é um traço forte na construção do discurso dentro do trabalho de Bia Nogueira. Não por acaso, “Calma” foi escolhida para inaugurar a fase do álbum “Respira”, onde a cantora apresenta uma faceta mais pop, em mistura com o eletrônico e a música tradicional afromineira, em um movimento crescente na capital mineira que tem sido chamado de “Uaifrobeat”.
O próximo disco marca também uma evolução na exploração de timbres vocais na composição sonora. Tudo isso ganha forma com clipes e visualizers, onde o digital e o real se encontram. Essa união resulta de uma pesquisa que Bia Nogueira vem realizando a respeito do metaverso e que se desdobrará em inúmeras ações dentro da realidade virtual.
“Calma” tem o clipe guiado pelo avatar da cantora, feito pelo artista visual Paulo Abreu como uma recriação atual das imagens míticas africanas. A faixa reflete o momento de isolamento de Bia, durante o pico da pandemia, quando se distanciou das pessoas que ama, porém mantendo contato direto com a natureza, em um processo de cura do corpo e da alma. Essa reflexão sobre os diferentes ciclos da vida atravessa a própria carreira da artista, que faz deste lançamento um novo momento estético, sem abrir mão de sua identidade musical já estabelecida até aqui, principalmente no álbum de estreia, “Diversa” (2018).
“Calma” e o álbum “Respira” irão representar uma guinada em uma trajetória que já chama atenção. A artista mineira atua como cantora, atriz, compositora e produtora cultural. Foi uma das fundadoras do Festival Sonora e do Coletivo Mulheres Criando, importantes plataformas de valorização da música feita por mulheres. É idealizadora e diretora criativa do Festival Imune – Instante da Musica Negra e integra a banda Yônika e a companhia teatral Grupo dos Dez.
Em 2020, Bia gravou uma participação especial no álbum “História da Minha Área”, de Djonga, na faixa “O Cara de Óculos”. Durante aquele ano, lançou oito clipes com seu Coletivo IMuNe – Instante da Música Negra.
No teatro musical, atuou em inúmeros espetáculos, destacando-se o premiado “Madame Satã”, do Grupo dos Dez, em que também assina a direção musical. Nos últimos anos, tem desempenhado a função de diretora cênica de apresentações musicais, sendo seu último trabalho o novo show d’A Quadrilha.
Bia Nogueira é ainda sócia da produtora Pitaya Lab. Foi eleita profissional do ano em 2020 pelo Prêmio SIM por sua atuação no mercado da música. Integra o Conselho Consultivo da SIM São Paulo, e foi curadora do Edital Natura Musical 2021. Durante os últimos anos, tem sido convidada, como conferencista e programadora, para as principais feiras de negócios do Brasil, como Tum Sound Festival, Música Mundo, Porto Musical, Sim São Paulo, MArte Festival, WME, Favela Talks, FIMS, Formemus, CoMa, Se Rasgum, entre outros.
Agora, Bia está pronta para a próxima etapa em sua carreira musical. “Calma” inicia essa nova jornada, já disponível para streaming nas principais plataformas, e como clipe no canal de YouTube da artista.