Se alguém te perguntar quem é o produtor eletrônico brasileiro mais em alta lá fora no momento, responda sem vacilar: Gui Boratto.

Para você ter uma noção de como anda a carreira do cara, aqui vão algumas datas do Gui até o final de agosto: Estadio Monumental, em Lima, Peru, como parte da turnê mundial do clube Ministry of Sound; o célebre Rex Club, em Paris; o super-festival Dance Valley, na Holanda; o festival Melt!, na Alemanha; outro senhor festival, o Global Gathering, na Inglaterra; datas na Béligca, Espanha, Colômbia e Lituânia.

Em 2007, Gui fez 57 apresentações do seu live PA na gringolândia, incluindo super-eventos como Mutek, Creamfields, Fortdance Festival e o Detroit Electronic Music Festival. Foi nesse ano que ele lançou seu primeiro álbum, “Chromophobia”, que apareceu em várias listas de melhores do ano.

Gui tem diploma de arquiteto e já fez muito jingle publicitário. Também assinou projetos de dance comercial nos anos 90 (como Sect e Kaleidoscópio). Diferentemente de muitos artistas do underground que já fizeram pop, Gui não se envergonha desse passado. Ao contrário, ele acha que toda essa experiência valeu muito na hora de fazer seu eletrônico com bastante melodia. Isso fica evidente no seu maior hit, “Beautiful Life”, que é um techno marcado por teclados bonitos e vocal feliz que podia bem tocar no rádio.

Gui começou a chamar a atenção no exterior quando a alemã Kompakt, uma das gravadoras de techno mais famosas do momento, começou a lançar seus singles.

Depois vieram uma penca de remixes e colaborações com outros artistas estrangeiros que estabeleceram esse paulistano de 34 anos no mapa eletrônico global.

Foi aí que ele começou a correr o mundo com seu live PA, onde toca suas músicas ao vivo, às vezes com direito à guitarra. E Gui só se apresenta nesse formato. Ele faz questão de frisar que não é DJ.

Apesar de tantas viagens, nada como seu estúdio em São Paulo para produzir. “Eu não sou do tipo que consegue produzir no laptop, com fone de ouvido, enquanto espero na sala de embarque do aeroporto,” ele me contou numa matéria que fiz com ele para a “Rolling Stone” brasileira.

E é no meio dessa correria que ele finaliza seu segundo álbum, que deve sair em breve pela Kompakt.

Gui tocou ano passado no Skol Beats e está na lista de pré-selecionados nacionais para 2008. Se você curte o som do cara é só ir no site do Skol Beats e votar nele.

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Gui Boratto, um dos candidatos ao Skol Beats, não pára de subir