George Israel é um músico que tem muito tempo de estrada. Começou cedo, no Rio de Janeiro, tocando violão e bandolim na banda Fim de Rua, ao lado de Roberto Frejat. Entrou de vez no mundo da música quando se juntou ao Kid Abelha e os Abóboras Selvagens em 1981. Desde então, não parou de compor hits.
Autor de músicas como Brasil, ao lado de Cazuza e Nilo Romero, e Te Amo Pra Sempre, com Paula Toller, George agora vai ajudar a encontrar a próxima grande banda do cenário nacional como jurado no reality show Gas Sound.
A importância da batalha de bandas
Como todo bom músico, George começou cedo, participando de festivais escolares no Rio.
“Eu participava dos festivais da minha escola, o Colégio Rio De Janeiro, quando tinha meus 14 anos”, conta ele. “Grandes nomes sairam desses festivais, como o Lobão e o grupo Da Cor do Som.”
George já considerava esses festivais muito importantes na época: “O Festival era um evento muito esperado por nós. Com certeza nos estimulou muito.”
Agora, como jurado, o saxofonista conta o que procura nas bandas que estão na disputa do programa.
“Para ter a cara do programa, a banda precisa ter carisma, originalidade, uma boa canção e uma ótima letra”, postula ele.
A competição promete alavancar a carreira de muitas das bandas envolvidas e George já vê o retorno que os conjuntos inscritos ganham com o programa.
“A iniciativa é importante para dar uma movimentada nas bandas. É um bom curriculum”, afirma. “Muitas bandas se mobilizaram demais para as seletivas. Só de estarem ali, já tem um belo de um cartão de visita.”
E o compostitor continua: “Isso tudo vai ser muito bom para a garotada que tem banda.”
A geração da internet
O mercado fonográfico mudou muito desde os tempos de Kid Abelha e os Abóboras Selvagens e George vê essa mudança com bons olhos.
“Com a internet a galera tem muito mais acesso às coisas. O bacana é que a ferramenta está na mão das bandas, então não tem mais essa de depender só do rádio ou só da TV”, declara. “É possível criar uma rede que começa com seus conhecidos. Depois vêm as pessoas que viram seu show. Com isso, é possível crescer”.
Mas a evolução tecnológica traz consigo o aumento do número de artistas disputando um espaço. Assim, exige-se mais das bandas.
“Facilita e dificulta porque bandas passam a competir com cada vez mais artistas. Ai as bandas novas tem que competir com as bandas mais velhas. É Ralação!”, dispara George.
Quando perguntado qual o segredo da longevidade para uma banda que está começando, o compositor não pestanejou.
“O segredo é não ouvir muito conselho”, ri. “Não tem um fórmula. Tem que desenvolver um trabalho autoral, ler muito, ouvir muito e tocar muito.”
“O negócio é ter química!”, finaliza ele.