Após os 15 minutos de fama favorecidos pelo Big Brother Brasil, reality show mais popular do país, os antes anônimos participantes do programa costumam abraçar os holofotes com fervor e aproveitar cada oportunidade artística em potencial. Grazielli Massafera, integrante do BBB5, foi uma das que se deram bem: garantiu presença até em novela das oito. Cida Moraes, participante do BBB2, teve a idéia de proferir palestras sobre como se tornar uma celebridade.

Em meio a toda essa efervescência criativa, mais uma solução tem frequentado as idéias de ex-BBBs: cabines de DJ são um rumo cada vez mais frequente entre os quase famosos. Desta safra, Analy Rosa, participante do BBB7, é a única que já discotecava a sério antes de entrar na casa. Apaixonada pela música eletrônica, não acredita que todos os que entraram para o ramo sentem o mesmo. “Acho que até já gostavam da área, mas com certeza aproveitaram a oportunidade da entrada no BBB”.

Unidos pela balada

Analy marca presença semanalmente na rádio Jovem Pan, no programa Na Balada, que vai ao ar todas as sextas, 1h da manhã. Agora, a ex-sister pretende produzir seus próprios hits. “Já concluí meus cursos de produção. Desejo ser reconhecida internacionalmente. O Brasil tem espaço, mas lá fora eles estão muito mais adiantados, e é lá que quero fazer nome”.

E foi a paixão pelas pistas que a uniu ao ex-brother, Alan Pierre, também participante da sétima edição do programa. “O gosto pela música eletrônica, saber que ele também já foi pra Ibiza, isso que nos aproximou”, conta Analy, que está grávida e tem previsão para dar à luz no dia 6 de setembro. Alan lembra que antes de entrar para o BBB estava na Espanha a estudo, onde começou a ouvir techno. Sem muita pretensão de se tornar DJ, o futuro papai assume que foi a mulher que o ingressou na área. “A Analy teve 100% de influência na minha decisão. Ela que me ensinou tudo sobre discotecagem”.

Mais pegada

Sobre as diferenças, Alan define sem dificuldades o estilo dele e o de Analy. “O meu som é mais pegada, mais barulho, mais agudo. O da Analy é mais leve, tem mais grave.” O cara revela que começou a entrar para o ramo de “carona” com Analy. “Meu foco é vender o som dela. Mas, às vezes, o cliente acha caro contratá-la, e acaba me chamando pra tocar nas festas”.

O apaixonado não esconde o seu maior desejo enquanto assessor da mulher. “Meu sonho é colocar a Analy no top 100 da DJ Mag. Quero que ela suba nesta carreira.” Quanto ao futuro filhão, Alan quer que seja tenista. “Mesmo assim, acho inevitável ele não gostar da área de música. Há muitos lugares que Analy vai ter de tocar, assim ele já vai nos acompanhar desde pequeno nesta vibe.”

Brincadeira séria

Do BBB8, que sagrou Diego Alemão como vencedor, saiu Fernando Mesquita, outro que integra esta gorda safra de DJs do reality show. Rolo da gatíssima Natália Casassola durante o período em que permaneceu na casa, Fernando contou ao Virgula que já tocava antes de ingressar na Globo, mas não profissionalmente. “Eu já curtia muito música eletrônica, o que me motivou a entrar para a área. Meus amigos falavam que minhas mixagens eram legais, então resolvi apostar”, explica.

O rapaz passou a levar o hobby mais a sério a partir do convite da também ex-BBB8 Bianca Jahara, promoter da festa Fashion Nugget, para integrar o line-up de uma festa na bombada casa noturna Dama de Ferro, em Ipanema, no Rio de Janeiro. vidrado em electro-house e progressive, Fernando considera suas discotecagens uma brincadeira de gente grande. “Quero me tornar ator, não DJ, mas você acaba indo aonde as coisas fluem mais”, justifica. “Vou caminhando conforme a vida for mandando. Já fui modelo, agora sou DJ. Quero ser ator e quem sabe, se der na telha, viro bombeiro!”.

House conceito

Alan Passos, que chegou à final do BBB5 com a ex-namorada Grazi Massafera e o vencedor Jean Wyllys, bem que tentou dar certo como ator. Depois de falhar na prova de fogo de testes de interpretação no SBT e na Record, a ficha caiu, e o mineiro passou a investir na praia da música. “A cena de música eletrônica aqui em Belo Horizonte é forte, e sempre gostei muito da idéia de ser DJ. Porém, não tive condições de me profissionalizar antes do BBB”, conta Alan. “Trabalhava, estudava, não tinha tempo e nem dinheiro pra comprar os equipamentos, que são bem caros”.

Alan descreve seu repertório como “house conceito”, “mais underground”. “Não é nada comercial”, especifica. Mezzo DJ, mezzo modelo de ocasião, ele já dividiu toca-discos com Analy Rosa e comandou som em uma festa na Daslu, em São Paulo. Diz ainda, ao Virgula, não saber se a escolha do caminho da discotecagem por parte dos BBBs tem a ver com oportunismo. “Uni minha vontade às condições do meu momento pessoal e às oportunidades que surgiam”, conta. “Da mesma forma que há pessoas que saem do BBB e querem ser atores, há aquelas que fazem cursos e se profissionalizam como DJs”, defende. Para ele, a procura da batida perfeita depende de aliar técnica e carisma a um bom repertório.


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Ex-Big Brothers viram DJs para estender minutos de fama

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