O duo alemão D-Nox & Beckers, que sacudiu as pistas brasileiras durante julho, continua em temporada brasileira no mês de agosto.
A dupla formada por Christian Wedekind e Frank Beckers mistura diversas influências e vertentes em seu som, que passeia do electro ao trance progressivo, esbarrando no house e as vezes até no techno.
Eles se apresentam no Brasil novamente no dia 29 de agosto, para tocar na Confraria das Artes, em Florianópolis. No dia 30, D-Nox & Beckers fazem a festa na Pacha em São Paulo. No dia 31, vão à festa Native, em Poços de Caldas. Esquentando turbinas para as festas, conversamos com D-Nox.
Vírgula – A Alemanha sempre produziu muita música eletrônica. Grandes nomes como Atari Teenage Riot e Kraftwerk. A música eletrônica está no sangue dos alemães?
D-Nox – Ah, boa pergunta. Com certeza está no sangue de D-Nox & Beckers e de muitos outros. Nós temos uma cena eletrônica bem grande, como deu para ver pela Love Parade desse ano, para a qual 1,6 milhões de pessoas compareceram. Além disso, nós sempres fomos pioneiros na música eletrônica, já que não apenas o Kraftwerk é daqui. Dá pra ver pela quantidade de DJs e Produtores que vem da Alemanha.
Nossa cena vem crescendo há 20 anos. A cada ano que passa, os festivais ficam maiores. As pessoas vêm de todo o mundo para cá, especialmente para Berlim, para ficar perto de onde tudo acontece.
Você concorda que o trance progressivo e o electro vem ganhando mais espaço nas festas rave ao redor do planeta?
D-Nox – Isso é bem possível, já que são estilos mais comerciais que o techno ou tech-house.
Nós sempre tentamos misturar estilos. É assim que criamos o nosso próprio estilo. Na verdade nós não pensamos muito sobre os estilos em si. No fim das contas tem que ter groove, ser sexy e agitar a pista. Nós tentamos não soar comercial nem piegas. Mas, discotecando há tanto tempo, eu já não me importo mais se sou underground ou mainstream. Faço o que gosto e o que funciona bem.
Como você se sentiu tocando para tanta gente na Tribe? O calor dentro da tenda era insuportável, mas a galera não parou de dançar. Vocês sofreram mais com o calor do que as pessoas da pista?
D-Nox – Eu adorei tocar lá. Tribe é sempre um desafio que não queremos perder. Depois de tocar lá por tantas vezes, nós sentimos que as pessoas esperam por nós e isso nos deixa muito felizes e orgulhosos, pois adoramos os brasileiros. O calor era enorme mas eu não sabia se também estava quente na pista. Eu achei que fosse só eu suando feito um bicho (risos). Mas eu sempre transpiro muito porque sempre dou 100%. Na Tribe, tínhamos que dar 150%. Faz parte do show e não me importo com a temperatura. Só quero me divertir com a galera na pista. Afinal, se estivermos todos conectados, ninguém se importará com o calor. O que conta é a música e a diversão.
O que podemos esperar do live na Pacha, aqui em São Paulo?
D-Nox – O melhor! Como eu disse, nós sempre damos 100%. É um ótimos clube. A última vez que tocamos na Pacha foi surreal. Tocamos na parte externa. Estava lotado, mas o pessoal realmente curtiu. Se rolar tudo como rolou da última vez, não tem como dar errado. Nós também tocamos no Sirena no último sábado e foi um live perfeito. Da próxima vez, eu gostaria de tocar por mais tempo. Me perdi na música. Se pudesse, teria tocado por mais duas horas. Daí dá para ver quanto nós amamos as duas baladas.