Os 25 anos de carreia de Zélia Duncan não a ensianaram a conter a emoção ao cantar músicas como Catedral e ao receber o carinho do seu público. Ponto para ela.
Foi o que aconteceu nesta sexta-feira, no primeiro show – da série de três, até domingo – que a cantora fez no Auditório do Ibirapuera em São Paulo, e que será registrado no DVD ao vivo Pré-pós-tudo-bossa-band, último disco dela, um misto de pop, rock, MPB, bossa e claro, boas parcerias.
Zélia abriu o show com Quisera eu, um samba pop que de cara animou a platéia, que tinha entre os presentes o DJ Zé Pedro, amigo da cantora.
Na sequência, mais músicas do disco, como Pré-pos-tudo-bossa-band, Carne e Osso, Eu Não Sou Eu, Redentor, Braços Cruzados, dedicada a Cássia Eller, com quem Zélia queria ter gravado a música. “Infelizmente não deu tempo. A gente nunca acha que tem tão pouco tempo para fazer as coisas”, disse ela antes de cantar, numa interpretação forte e emocionante.
E já que o show era uma comemoração dos seus 25 anos de estrada, músicas de discos anteriores entraram no repertório como Tô e Capitu, do disco Eu Me Transformo em Outras, Verbos Sujeitos – por incrível que pareça a platéia decorou a música – Me Revelar e Alma, que garantiu total diversão no palco.
Anélis Assumpção foi a convidada especial para interpretar Milágrimas, que ela canta com Zélia também no disco. Itamar Assunção, pai de Anélis, foi lembrado pela cantora, que mostrou uma nova versão para uma das músicas daquele que ela tem como um de seus ídolos. (isso sem contar as quatro músicas dele regravadas por ela em seu último CD).
Zélia não escondia a tensão, mesmo depois de já ter gravado dois DVDs ao vivo. O nervosismo era sempre despistado no intervalo das músicas, onde ela respondia de maneira engraçada às manifestações da platéia.
Vi Não Vivi encerrou o show que no bis, teve Catedral – longe daquela conhecida versão do violão – e Ando Meio Desligado, dos Mutantes. “Esse ano ganhei um presente e quero dividi-lo com vocês”, disse antes de cantar. Na interpretação ela deixou claro por que foi escolhida para assumir os vocais do grupo. Rita, não leve a mal.