Champignon está recomçando na música. O baixista tinha uma carreira já estabilizada com o Charlie Brown Jr, mas segundo ele, os desentendimentos o fizeram sair da banda. “Comecei a não concordar com muita coisa e agora sinto que tenho uma banda de verdade”, diz.
Pois é. Champigon está de volta – na verdade ele nunca abandonou a música, pelo contrário – com a banda Revolucionnários. O nome já deixa claro o objetivo desta nova empreitada do baixista. “Queremos revolucionar alguns conceitos. As músicas falam de críticas religiosas, sociais, questionam quais são os valores mais importantes. Não queremos ser só mais uma banda”, disse ele em entrevista por telefone ao Virgula-Música.
Retratos da Humanidade é o primeiro disco do grupo, lançado em outubro deste ano. Champignon está trabalhando pesado na divulgação deste trabalho, buscando espaço para o Revolucionnários. “A mídia me recebe bem, até porque sou um músico respeitado”, diz ele, que acredita que para ser um bom baixista, basta ter boas idéias. “Mas nas rádios é mais difícil conseguir o mesmo espaço”, conta.
Neste disco, ele assina quase todas as composições, que tem um tom de desabafo, de crítica aos conceitos impostos pela sociedade. Nada em relação ao Charlie Brown, coisa que perguntam muito.
Se foi difícil passar de novo pelo processo de gravar o 1º disco? “Não foi fácil”, diz ele. “Foi uma opção minha recomeçar do zero. Mas agora tenho a sensação de ver um trabalho meu sendo feito”, completa.
Mas não pensem que ele quer monopolizar a banda. O material para o segundo disco está quase pronto e tem uma maior participação dos outros integrantes do Revolucionnários (Nando Martins, Fábio Cavêra, Diego Righi e Pablo Silva), todos velhos conhecidos de Champignon.
A demora do disco, que deveria sair antes de outubro, atrasou os planos da banda, mas ele revela que em 2007 vão cair na estrada. “Estou louco pra voltar”, diz ele, que não faz um show completo desde a sua saída do Charlie Brown Jr. Agora, ele assume os vocais da banda e promete vir com tudo, querendo manter a legião de fãs conquistada com a banda anterior.