HOLLYWOOD (Reuters) – A cantora Barbra Streisand deixou sua aposentadoria de lado por cerca de duas horas, no domingo, para ajudar o Partido Democrático norte-americano a reconquistar o controle da Câmara dos Deputados e da agenda política do país.

Apesar de sua aversão por apresentar-se ao vivo, a dedicação de Streisand à política já a levara a estrelar eventos multimilionários de levantamento de fundos para o partido em 1986 e 2000.

O evento de domingo no Kodak Theatre, em Hollywood, parece ter sido um sucesso igual, com a elite de Hollywood desembolsando entre 500 e 250 mil dólares pelos ingressos.

“Dez pessoas pagaram 250 mil dólares”, revelou aos presentes o humorista Steve Harvey, mestre de cerimônias do evento.

Streisand se apresentou depois dos Three Mo’ Tenors e do cantor Barry Manilow. Ela subiu ao palco, ovacionada em pé, num vestido verde sem alças e ficou sentada ao lado do compositor e produtor David Foster, que tocou piano e fez comentários constantes.

Ela cantou alguns de seus números mais conhecidos — “Funny Valentine”, “Evergreen” — e fez críticas à maioria republicana na Câmara e ao presidente George W. Bush enquanto cantava “The Way We Were”.

Parando no meio da canção, Streisand disse que acha Bush e o vice-presidente Dick Cheney “assustadores”, acrescentando: “Acho assustador que o país seja conduzido à beira de uma guerra, de maneira unilateral, faltando cinco semanas para uma eleição”.

Depois de apresentar sua última canção, “God Bless America”, Streisand cedeu o palco ao líder da minoria democrata na Câmara, Richard Gephardt.


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Barbra Streisand canta em evento do Partido Democrático dos EUA