Olhando assim, Nelly Furtado não parece mais em nada com aquela garota que cantava ser como um pássaro, sem saber onde estava seu coração ou sua casa, querendo apenas voar. Soa ridículo mas essa é a história.
Vamos voltar ao ano 2000. Precisamente ao mês de outubro. A luso-descendente Nelly Furtado faz o seu debut no mundo da música com o disco Whoa, Nelly!. Pode-se dizer que nesses seis anos, muita coisa mudou na carreira da cantora.
I’m Like a Bird foi o primeiro single de Nelly e de cara fez um enorme sucesso. O disco da cantora trazia músicas pop, mas um pop mais conceitual, sem apelos sexuais ou com faixas extremamente radiofônicas.
Ela disputou de igual para igual as paradas ao lado de cantoras norte-americanas, promovendo uma boa briga das diferentes vertentes do pop feminino.
O golpe veio em 2003. Depois do enorme sucesso com o primeiro disco e de ter conquistado até quem não era muito fã do pop, Nelly lança Folklore, seu trabalho mais original e que já tentava uma aproximação com o pop comercial.
Mas, quando se quer entrar de vez na briga “comercial”, é preciso ser mais apelativo e ousado, e isso, Folklore realmente não tinha. Não à toa vendeu 3 milhões de discos a menos que o anterior, ficando na marca de 1,5 milhões de cópias vendidas.
Da liberdade à promiscuidade
De bem intencionada, com o objetivo de fazer um pop diferente, Nelly acabou entrando no jogo. em 2006 ela ressurge com Loose, álbum que fez a portuguesinha explodir nas rádios com Promiscuous.
Com o disco Nelly perdeu muito da originalidade que a diferenciava do pop comum. Se no início ela cantava a liberdade, agora o lema é outro. Quanto ao estilo, traga o pop, o funk, o hip hop e coloque tudo num liquidificador. Dará uma boa mistura.
Nelly voltou com outra cara, outro estilo e claro, com outra meta: cair no gosto popular. E ela conseguiu. Se ela está errada? Não. Ao menos, agora você pode levar o disco da rapariga para uma festa que ninguém fai ficar parado.