Depois de cinco anos sem lançar disco de estúdio, a banda de rock mexicana Maná apresentou na segunda-feira o “Revolución de Amor”, que retoma a causa guerrilheira zapatista e defende os direitos dos indígenas da América Latina.

O grupo guerrilheiro Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) pegou em armas em 1994 contra o governo no Estado sulista de Chiapas, exigindo benefícios para os cerca de 10 milhões de indígenas mexicanos.

O governo do México e o EZLN não retomaram um diálogo de paz suspenso desde o fim da década de 1990 e os rebeldes — que desfrutam de grande popularidade no exterior, em parte por causa de seu enigmático líder político, o subcomandante Marcos — mantêm o silêncio na floresta.

“O zapatismo não é uma moda, é muito mais do que se acredita ser o subcomandante Marcos”, disse o vocalista e líder do Maná, Fher Olvera, em entrevista a jornalistas.

“Revolución de Amor”, sexto disco da carreira da banda, mostra fotografias do herói revolucionário mexicano Emiliano Zapata e inclui frases sobre o amor ditas por personalidades como Jesus, Gandhi e John Lennon, entre outros.

Musicalmente, colaboram no álbum o guitarrista Carlos Santana e o salseiro panamenho Rubén Blades.

A música “Justicia, Tierra y Libertad” inicia com a frase “irmãos e irmãos de outras raças, de outra cor e de um mesmo coração”, pronunciada pelo subcomandante Marcos em um de seus discursos.

A banda, formada também pelo guitarrista Sergio Vallín e pelo baterista Alex, promoverá o disco com turnê pelos Estados Unidos, Espanha e México.


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Banda mexicana Maná lança disco engajado à guerrilha zapatista

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