O nome dele é Bernardo, vulgo, BNegão, mas pode chamar de “senhor festival”. Com a participação sábado (09) no Planeta Terra, ele completa mais um ponto na cartela após fazer o Lollapalooza, com o Planet Hemp, o Rock in Rio, com os Autoramas. Agora com sua banda Seletores de Frequência, ele deve passar como um trator pelo Terra e fazer um dos melhores shows do evento, como já rolou também no SWU. BNegão nunca decepciona.
“O segredo, na minha opinião, é colocar a energia da verdade e do coração, tocar com vontade, sem esqueminha blasé, e manter o peso do nosso som, independente da moda ou tendência que estiver rolando no momento”, afirma em entrevista ao Virgula Festivais.
Além da participação no Terra, ele lança nesta quarta o minidoc Sintoniza Lá, mesmo nome do seu segundo álbum solo, que veio à luz no ano passado, e que, também nesta quarta, ganha o mundo em versão vinil, pela Vinyl Land (de Londres), compre (aqui).
Veja minidoc BNegão & Seletores de Frequência
Sobre a cultura do vinil, ele diz nunca tê-la deixado. “Eu nunca abandonei, nem no ‘auge’ do CD; eu nunca me desfiz dos meus LPs e compactos, minha coleção só fez aumentar! Sobre alguns trabalhos que soam melhor no vinil, posso citar o primeiro disco do De Falla, e o KingzofBullshit também, todos os disco de música jamaicana que eu tenho; Tender Prey e Kicking Against the Pricks, do Nick Cave & The Bad Seeds, entre outros”, conta. Leia a seguir:
Tem alguma outra atração do festival que pretende ver? Se sim, por que?
The Roots, Beck e Blur! Já vi um show de cada um deles, mas acho esses artistas tão excelentes, que não posso nem pensar em perder um segundo sequer de um desses concertos.
O Blur tocou na frente do hotel onde eu estava, junto com The Specials e New Order,no Hyde Park, em Londres (2012), na mesma hora em que eu estava participando da cerimônia de encerramento, no Wembley Stadium, com Seu Jorge e Marisa Monte.
Seu show é um dos melhores da praça atualmente, qual é o segredo?
O segredo, na minha opinião, é colocar a energia da verdade e do coração, tocar com vontade, sem esqueminha blasé, e manter o peso do nosso som, independente da moda ou tendência que estiver rolando no momento. Pelo menos é assim que eu penso.
Você tocou no Lolla com o Planet, com os Autoramas fez Rock in Rio, e agora vai fazer Planeta Terra. Você prepara algo específico quando toca em festivais?
Tentamos apenas condensar toda a nossa energia em um golpe só, nos poucos minutos a que temos direito, normalmente, dentro de um festival.
Fale sobre o Sintoniza Lá, por que ele demorou tanto pra sair. O Enxugando o Gelo é de 2003 e o Sintoniza Lá no ano passado e nesta quarta sai em vinil.
Demorou a sair por falta de patrão, para cobrar algum prazo, por excesso de shows e trabalhos com trilhas sonoras, projetos, etc,e também porque fui pai. Somando tudo isso e dividindo pela vida de um músico independente,no Brasil, dá uma conta muito louca… =)
E quais serão os próximos passos?
Vamos continuar a promover o nosso vinil, que foi lançado agora, mundialmente, pelo selo Vinyl Land, lançar (hoje! – nesta quarta) o nosso minidocumentário, dirigido pelo Daniel Tupinambá, que cobre o nosso show de lançamento do Sintoniza e ainda joga uma luz sobre vários assuntos envolvendo a banda e os nossos discos;
lançamento de clipes novos, estão na boca do forno o de Reação e de Essa é Pra tocar no Baile); pra março do ano que vem, lançamento do cd de remixes do Sintoniza,re-edição do Enxugando Gelo, que está fora de catálogo e faz, neste mês de novembro, agora, dez anos de lançamento).
Isso tudo, mais um disco de instrumental, compactos e tudo mais…
Se sente parte de uma cena, quem considera mais relevante na música brasileira hoje?
Com certeza, me sinto parte da cena de música moderna brasileira, e isso me deixa muito feliz. Sobre a relevância, tem tanta coisa boa, que falando alguns nomes, vou acabar cometendo injustiças, mas bem por alto, eu cito: Paulo Cesar Pinheiro, Wilson das Neves, Baiana System, Sacal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Curumin, Céu, Metá Metá, Criolo, Krisium, Black Alien, Gabriel Muzak, entre tantos e muitos outros…
Sobre a cultura do vinil, ele diz nunca tê-la deixado. “Eu nunca abandonei, nem no ‘auge’ do CD; eu nunca me desfiz dos meus LPs e compactos, minha coleção só fez aumentar! Sobre alguns trabalhos que soam melhor no vinil, posso citar o primeiro disco do De Falla, e o KingzofBullshit também, todos os disco de música jamaicana que eu tenho; Tender Prey e Kicking Against the Pricks, do Nick Cave & The Bad Seeds, entre outros”.