Se você acha que o rock brasileiro morreu, talvez esteja olhando para o lugar errado. Camila Garófalo, cantora de Ribeirão Preto, é parte de uma turma que está renovando o gênero ligado umbilicalmente à rebeldia, mas que acabou se diluindo e assimilado até virar música de tiozão. Atuando em uma área de confluência entre rock, pop e MPB, Camila está no barco da canção vanguardista ao lado de nomes como Carne Doce, Ventre, Baleia, Sara Não Tem Nome. Alambradas e Kastelijns.
Com show no Itaú Cultural, em São Paulo, nesta quinta (6), Camila acaba de lançar o clipe de Camarim, em que escancara a sua orientação sexual e incorpora o orgulho lésbico. “Não acho que ser lésbica ou bissexual é algo que vai precisar ser declarado daqui um tempo. Mas agora é preciso. Não tem a ver com rótulos, tem a ver com fortalecer a causa. Eu apenas posso falar sobre coisas que me dizem respeito por isso defendo as causa do movimento LGBT e feminista. Sempre vou defender”, afirma ao Virgula.
Com elenco formado exclusivamente por mulheres, o vídeo dirigido pelos irmãos Guerra (Helena e Caio) acompanha Camila interagindo com Luiza Lian, Nina Oliveira, Laya, Lara (Os Ultraleves) e Tika por todos os cômodos do brechó Loki Bicho, reduto paulistano de músicos da nova geração. Camarim também tem participação Mônica Agena (Moxine), na guitarra, e de Rafael Castro.
Na apresentação, com entrada gratuita, Camila convida ao palco Luiza, Nina, Laya e Lara. Acompanhada por sua banda Rafael Castro (guitarra), Fabiano Boldo (baixo) e Juliano Costa (bateria), a rockeira apresenta um repertório que mistura canções de seu primeiro álbum, Sombras e Sobras, com outras inéditas de seu próximo disco.
SERVIÇO
Camila Garófalo – Lançamento do single e clipe “Camarim”
Itaú Cultural – Av. Paulista, 149
06 de outubro, quinta-feira, 20h
Entrada gratuita