Advogados do rapper haitiano Wyclef Jean entraram hoje com ações judiciais no Haiti e na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para fazer com que o Conselho Eleitoral Provisório (CEP) aceite sua candidatura à Presidência do país, rejeitada na semana passada.

“Vamos esgotar todos os recursos disponíveis até chegarmos a um ponto de satisfação”, afirmou o advogado Jean Renel Sénatus.

Segundo Sénatus, a defesa de Jean quer que a Justiça haitiana respeite a “jurisprudência” com base em uma decisão de outubro de 2005 a favor de Dumarsais Simeus, empresário haitiano-americano que tinha sido descartado como candidato à Presidência por ter dupla nacionalidade.

Sénatus anunciou que os advogados de Jean apresentaram à CIDH um relatório “de violação dos direitos políticos” do rapper.

O advogado de Wyclef Jean crê também que seu cliente é vítima de “abuso de autoridade por parte da administração pública”.

O CEP rejeitou a candidatura do rapper supostamente porque não residiu durante os últimos cinco anos no Haiti.

O artigo 135 da Constituição haitiana obriga que cada candidato à Presidência tenha residido no país durante cinco anos consecutivos antes da data das eleições.


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Após candidatura recusada, advogados de Wyclef Jean entram na Justiça

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