A cantora italiana Carla Bruni lançou seu terceiro e mais recente disco, Comme Si de Rien N’Était, e enfrenta boicote de seus fãs mais antigos por ser a esposa de Sarkosy. Apesar disso, 500 mil pessoas ouviram as novas faixas na web.
O novo álbum de Carla Bruni (40) está disponível no site oficial da cantora desde a última quarta-feira (9) e chegou às lojas na sexta (11), dividindo opiniões.
Bruni parece ter perdido o respeito de boa parte de seu público fiel depois dos passeios na Eurodisney e do casamento com o presidente da França, Nicolas Sarkosy.
No site do Facebook (similar ao Orkut, mas mais popular na França), usuários criaram comunidades em repúdio como “Estou doando meus discos da Carla Bruni, alguém se interessa?” ou “Por um boicote imediato de Carla Bruni“.
Ao mesmo tempo que a galera “especializada” desiste de Carla, sua popularidade cresce em meio ao grande público, que parece se interessar mais por sua vida pessoal do que por sua música. Os tablóides europeus não páram de importunar a cantora sobre uma possível gravidez.
Até o jornal francês de esquerda, Libération, publicou uma entrevista com a cantora, e bateu recorde de vendas, apesar das críticas dos leitores no site da publicação.
Em entrevista, a Bruni disse que não esperava que a recepção de seu disco pelo público fosse “apenas musical” e disse estar preparada para “todas as reações”.
A curiosidade geral tende a refletir na vendagem do disco, que, na internet, já instigou 500 mil pessoas a ouvi-lo. No ano passado, o lançamento de No Promisses rendeu 15 mil visitas em operação equivalente.
Apesar da popularidade adquirida pela cantora ao se casar com Sarkosy, é difícil que seu novo disco atinja a marca de seu primeiro álbum, Quelqu’un m’a Dit (2003): 1 milhão de cópias, que tornou a italiana mundialmente conhecida.
Dividida em dois
Embora insista que o casamento não interfere em sua atividade profissional e que consegue consiliar as funções de cantora e primeira-dama, a própria Carla disse que não fará shows, turnês, nem sessões de autógrafos.
A divulgação do disco ficará restrita à ida da cantora aos jornais, rádios e, sobretudo, à televisão. “Não posso mobilizar toda uma infra-estrutura de segurança. Para mim, seria chocante. Voltarei a fazer shows assim que meu marido não for mais o presidente da República”, conta Bruni.