Morreu na noite deste sábado (29), em Santa Cruz do Rio Grande do Sul, o cantor e compositor cearense Belchior. Ele tinha 70 anos e a causa da morte ainda não foi divulgada.
A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal O Povo, do Ceará, que falou com a família, e confirmada pelo Governo do Estado do Ceará, que decretou luto de três dias.
“Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no país, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará e do Brasil. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias”, disse o governador, Camilo Santana.
O corpo de Belchior deve ser levado para a sua terra natal ainda neste domingo (30). O sepultamento será na cidade de Sobral, onde o músico nasceu e iniciou sua carreira musical.
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes foi um dos primeiros nomes da MPB vindos do nordeste a fazer sucesso nacional. Ele estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja.
O principal álbum da carreira de Belchior é Alucinação (1976). Só neste disco, há sucessos como Velha Roupa Colorida, Como Nossos Pais, A Palo Seco e Alucinação. O músico é da mesma geração de outros nomes nordestinos, como Fagner, Zé Ramalho e Alceu Valença.
Já há alguns anos, Belchior ficou conhecido por ter abandonado a carreira, família e bens pessoais. Em 2009, chegou a ser dado como desaparecido, mas foi visto na cidade de Artigas, no Uruguai e, depois, em Porto Alegre. Santa Cruz era sua atual localização.
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