Björk, atração de shows em São Paulo, Rio e Curitiba do Tim Festival, fala sobre turnê e a miscelânia de sons que é seu novo álbum,Volta.

Volta não é um regresso. Faço todo o tipo de música desde os 12anos. Só porque agora é música extrovertida, com ritmo, não significa que esteja revisitando Debut [seu primeio CD, de 1993]. Seria uma forma simplista de encarar o disco . As batidas são muito diferentes, tipo ‘a’ e ‘b’. Têm outros elementos e, emocionalmente, eu me sinto em outro lugar”, disse em entrevista do escritório da gravadora Universal, em Nova York, à Folha.

A sonoridade extrovertida, a qual se refere, se dá por conta da presença forte de músicos de várias origens, promovendo, assim, uma proposital divergência sonora.

Voltando a flertar com o pop, o disco possui participações dos cantores norte-americanos Anthony Hegarty e Timbaland, e do grupo congolês Konono Nº1.

A cantora, que ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes com o filme “Dançando no Escuro, de Lars von Trier, arrisca definir seu recente álbum como uma “globalizaçado”. Mas, não no sentido pejorativo que estamos acostumados.

“As pessoas têm a idéia negativa de que globalização é supermercado, McDonald’s e os americanos como os donos do universo. Mas tem o lado que depende da gente. Por que deixar para o Bush? Somos 6 bilhões, e ele é só um”, diz.

Björk Gudmundsdóttir, que completa 42 anos em novembro, vem ao Brasil em turnê, iniciada em abril, de Volta. Ela toca no Tim Festival em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba, diz que o show está mais afiado tecnicamente, desde os equipamentos eletrônicos até a banda de metais. Conta ainda que houve uma diminuição significativa dos efeitos visuais para “despertar os ouvidos”.

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Antes de vir para o Brasil, Björk afirma que seu novo CD é 'Globalizado'