Linda. Competente. Engajada. Madura. Sábia. Doce. Meiga. Uma voz encantadora. Você não está lendo nada sobre uma mulher de mais de cinquenta anos. Ela é sim modelo, atriz e cantora. Mas tem apenas 22 anos. Quem é?
Clarissa! O novo fenômeno do pop brasileiro concedeu uma entrevista exclusiva ao Virgula para falar sobre a carreira, a vida pessoal e muito mais antes da super live que fará nesta terça-feira (29), às 19h.
“Entendi muito cedo que a minha vida sempe foi de ter de se tomar uma decisão a cada dia”. Não é preciso falar muito com Clarissa para entender a importância que a jovem dá ao seu trabalho e ao cuidado com os fãs e, antes de tudo, seres humanos.
O olhar tímido pode disfarçar o tamanho da mulher que existe dentro do corpo jovial. Mas quando as palavras são pronunciadas e a doce voz chega aos ouvidos já basta para saber que vem sucesso dos grandes por aí.
Aos 22 anos, Clarissa lançou o seu primeiro EP, totalmente autoral, pela Olga Music, braço de distribuição digital da Warner Music Group. E a aposta de uma gigante do cenário musical não poderia ser mais certeira. Clarrissa já é realidade entre os artistas pops mais tocados nos streamings.
“Tento não criar expectativas”, diz ela quando perguntou por videoconferência se Clarrissa já tem a dimensão do quanto ganhou de fãs com o primeiro trabalho na música. “Mas foi uma surpresa muito boa, não imaginava. Fico grata por tudo”.
A excelente perfomance não se restringe apenas ao cenário do canto. Clarissa é também atriz, participou do filme sobre o duo Anavitoria, e modelo. A fama repentina também serve para dar voz a uma mulher empoderada, com dores e vitórias no passado e no presente.
“Lutar pelas causas LGBTQIA+, por exemplo, é prioridade para mim sim. Minha existência sempre foi política. Engajar pelos oprimidos e que precisar ter voz é prioridade na minha carreira e na minha vida pessoal”.
Leia abaixo a entrevista na íntegra com Clarissa.
Virgula: Seu primeiro EP trata do amor em múltiplas formas. O que seria?
Clarissa: É algo que fez e faz parte da minha vida. O amor que não conseguiu acontecer. O amor que pode ser quieto. O amor furacão, que arrebata. Multiamores. Aquele que tem liberdade para correr livre. São muitos.
Virgula: Compor, cantar, atuar ou desfilar? Qual é a paixão preferida?
Clarissa: No momento tenho me divertido muito compondo música. Compor melodias tem sido uma experiência surreal, tem me ajudado a me desenvolver a cada dia. Senti necessidade de fazer isso. É gratificante saber que está dando certo.
Virgula: Pandemia: as pessoas estão refletindo mais ou menos?
Clarissa: Para mim, existem os dois lados. No início, pareceu que tudo ia caminhar para uma união maior, todos pareciam querer ajudar mais um ao outro. Mas depois estamos vendo o que está acontecendo. Mas isso é do ser humano. No meu caso, tentei olhar mais pra dentro de mim e me enxergar melhor. Acredito que estou melhorando a cada dia.
Virgula: Qual a música que mais te toca no EP?
Clarissa: “Ela”. Disparado. Foi a primeira canção que fiz do EP. É uma música sobre a minha adolescência e que me remete para lá. É uma canção sobre ainda não estar inteira.
Virgula: Quais as maiores inspirações da Clarissa?
Clarissa: Sou uma pessoa que valoriza muito a escrita. A Ana Caetano [do duo Anavitoria] é com certeza uma grande inspiração. Ela sabe como tranformar cotidiano em poesia de uma forma surreal. Mas também tenho várias outras inspirações, desde Zeca Pagdinho até Kevin O Chris.
Virgula: E quanto aos novos projetos… o que vem por aí? Spoilers, por favor!
Clarissa: [risos e sorrisos]. Olha, vem bastante coisa. Estou fazendo muitas coisas. Vem projeto como atriz. Já tenho outras músicas reservadas e quero muito fazer um feat. Estamos trabalhando com nomes, mas vem coisa muito boa!