Aluna acaba de lançar seu aguardado segundo álbum, “MYCELiUM”, via Mad Decent. Também foi revelado seu atual single, ‘Running Blind’, produzido por Aluna ao lado do produtor francês e DJ Tchami, com vocais da artista, compositora e produtora Kareen Lomax, de Atlanta, EUA.
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“Esta é uma faixa incomum no álbum porque Tchami me enviou essa batida e eu a escrevi remotamente. O som irresistível me fez pensar na atração insaciável que a liberdade exerce sobre mim”, disse a cantora.
Embora a artista sempre tenha desafiado a ortodoxia da dance music em virtude de sua própria predileção pelo gênero, ela também fez incursões para que outros criativos seguissem seu caminho. É por isso que ela silenciosamente se tornou uma força de quebra de fronteiras, fundindo vozes eletrônicas, indie, alternativas e pop e vozes raramente representadas neste espaço. A mudança acontece remodelando e recalibrando as ruínas de ontem em um amanhã mais forte, mas em vez de esperar que o sistema acorde, Aluna arquitetou ativamente estruturas para apoiar um futuro mais brilhante, mais ousado e, sempre, mais inclusivo no dance.
Falando sobre seu próximo álbum, Aluna pontuou: “Mycelium é a rede celular infiltrada no tecido da natureza. Não estou falando sobre a flor ou os frutos. Você precisa estabelecer as bases para ver o fruto um dia. Eu me cansei de tentar trabalhar com pessoas poderosas que têm muito dinheiro e nenhum cuidado genuíno com o que estou tentando fazer. Percebi que não havia fundamento onde eu estava, e temos que construir nosso próprio fundamento. Não vai ser tudo sinos e assobios; vai ser substância. Então, quebrei algumas barreiras e comecei a orientar fãs criativos. Construí uma comunidade em Genebra e participando de grupos no Instagram e nas redes sociais. Agora, o álbum é minha comunidade que criei.”
A multipremiada artista britânica (de origem jamaicana e indiana) naturalmente começou a construir esse ecossistema que mais tarde se tornaria o “MYCELiUM”, um movimento de cada vez, ao longo de 2022 em Londres, Paris e Los Angeles. Desta vez, ela enfatizou o uso de equipamentos analógicos, infundindo sua música com energia orgânica e crua e colaborando com visionários semelhantes em todo o mundo, atraindo um grupo de colaboradores e aliados negros e LGBTQ+. Estes variaram de KOOLDRINK na África do Sul, Roofeeo no Panamá, Pabllo Vittar no Brasil e Picard Brothers na França até TSHA, Chris Lake e MNEK em Londres e muitos mais. O resultado, “MYCELiUM”, uma celebração atemporal da dance music dos anos 90 e das comunidades e culturas que ajudaram a impactar seu movimento e mensagem até hoje.
Falando sobre a importância dos colaboradores neste projeto, Aluna acrescenta: “Sempre fui acostumada a ser a única negra na sala, não só no palco, mas também em todas as reuniões e sessões de estúdio. Ser capaz de trabalhar com produtores não apenas negros, mas também LGBTQ+ foi a fase de maior afirmação da minha carreira. Escrever remotamente também abriu as portas para que eu pudesse colaborar com pessoas de outros países também”.