Crédito: divulgação
Pode começar a acender a bomba, pois os americanos do Cypress Hill estão chegando a São Paulo para mais um showzão, e se depender deles a fumaça não vai parar de subir. O grupo de Sen Dog, B-Real, Eric Bobo e DJ Julio G é a atração principal do 2º M.A.C. (Música, Arte e Comportamento) Festival, que acontece na próxima quarta (18), no Espaço das Américas, em São Paulo. O evento ainda conta com apresentações de Sick Jacken (do grupo Psycho Realm) Edi Rock convida Dexter, e Haikaiss convida Shaw.
Direto de sua casa em Los Angeles, Sen Dog, naquele maior estilo californiano ‘Hey, whats’ up, man?’ de ser, falou com o Virgula Música para contar um pouco dessa nova vinda a América do Sul (eles ainda vão se apresentar na edição chilena e argentina do Lollapalooza). O rapper, muito bem humorado, até topou falar abertamente de um assunto que é um tabu para muitos, mas não para ele: a maconha. Então dá um dois e se liga na nossa conversa:
Insane in The Brain!
Crédito: divulgação
Virgula Música: O Cypress Hill já veio algumas vezes ao Brasil. Você ainda se empolga em visitar países que já conhece?
Sen Dog: Sim, man! Você sabe, o Brasil é um dos melhores lugares do mundo para se tocar e tem uma das melhores pessoas que conheço. Muitos lugares do Brasil me lembram a Califórnia e por isso me sinto em casa quando estou aí. Estamos realmente empolgados em retornar a América do Sul. Vai ser ‘Insane’.
E quais as melhores lembranças que você tem daqui?
Cara, me lembro da primeira vez que fomos ao Brasil. Era inverno e fomos com os nossos brothers do Sepultura a um bar e eles nos apresentaram a caipirinha e alguns outros drinks locais. Foi divertido.
E o que estão preparando para o show do M.A.C. Festival? Será diferente dos shows anteriores feitos no Brasil?
Será um show clássico do Cypress Hill. Você sabe, man, a gente leva muita energia para o palco e nos divertimos demais. As pessoas vão poder ouvir todos os nossos clássicos. Vamos trabalhar em um setlist especial para que não falte nenhuma música que os fãs querem ouvir. E se tivermos chance, talvez role alguma coisa inédita.
Crédito: Shaun Vizzy
No Lollapalooza Chile você vai fazer um show especial com o Ritmo Machine & Sick Jacken. Como será sua participação?
Bom, será a primeira vez que esse encontro vai rolar, então acredito que ainda é uma surpresa para todo mundo. Vai ser uma coisa de momento também. Estamos empolgados para esse show especial.
Sick Jacken também está no line-up do M.A.C. Festival. Alguma chance de rolar uma participação entre vocês dois?
É possível! Eu e Sick Jacken somos amigos há um tempo. E como vamos dividir o palco juntos no Chile, posteriormente talvez role alguma coisa no Brasil, mas não é certeza ainda. Vamos ver se conseguimos.
Crédito: Shaun Vizzy
No ano passado você cantou na música Dubmunds do último disco do Raimundos. Como rolou essa participação? E você gostou do resultado?
Sim, man! É uma ótima canção! Tudo começou com o meu amigo Billy Graziadei, do Biohazard, que estava gravando o Raimundos e me convidou para cantar em uma canção. Ele disse que tinha tudo a ver comigo. Eu disse: ‘Claro, man! Vamos checar!”. Então eu ouvi e achei a música com um ótimo astral. Você me entende? Fiquei feliz em ter participado.
E sobre o rap feito no Brasil, você conhece algum artista daqui?
Bem…de nome eu não lembro agora para te falar, mas já ouvi bastante das vezes que fomos aí. Até conheci alguns pessoalmente.
E você percebe alguma diferença entre o rap brasileiro e o rap americano?
A única diferença é a língua em que a música é cantada. O rap é universal, e a situação é a mesma para todos os MC’s e b-boys. Se você é negro, pobre e vive na periferia, não importa em qual parte do mundo você esteja, você vai sofrer algum tipo de preconceito, e consequentemente vai cantar sobre isso. Seja em inglês, português ou espanhol, você sempre vai cantar sobre esse tipo merda que enfrenta no dia a dia.
Crédito: reprodução/site oficial
Vocês estão na estrada há mais de 20 anos e nunca deixaram a bola cair. Com você enxerga a mudança do rap feito nos anos noventa e do rap feito hoje? Vocês precisaram fazer algum tipo de adaptação?
Bom, a música continua basicamente a mesma, porém adicionada às possibilidades tecnológicas atuais. Mas eu penso que a principal diferença é que o rap é muito mais aceito hoje em dia. Nos EUA, você liga o rádio a qualquer hora do dia e está tocando rap, muitas vezes até de um artista novo que você nunca ouviu falar. Quando nós começamos não era assim, as rádios tinham medo de tocar nossa música porque achavam que éramos perigosos (e éramos…risos). Mas eu percebo que no mundo todo a música rap deu uma boa popularizada. Isso é bom.
Sobre o uso de maconha, um assunto que o Cypress Hill sempre fez questão de levantar a bandeira, qual é a relação que vocês têm hoje em dia com a erva? Ainda consomem o mesmo tanto que consumiam no início da carreira?
Sim! Amamos isso (a maconha), e ainda fumamos um monte e cada vez mais e mais (risos).
O Cypress Hill sempre fuma o maior baseado em cima do palco. Vocês não têm medo de ter problemas com a polícia local?
Bem…na verdade, não, man! Acho que a polícia já tem muito o que se preocupar com os maconheiros locais. O que fazemos no palco é parte da festa e também da mensagem que procuramos passar.
SERVIÇO:
M.A.C. Festival – 2ª edição
Shows: Cypress Hill, Sick Jacken of The Psycho Realm, Edi Rock convida Dexter, Haikaiss convida Shaw
Quando: 18/03 (quarta-feira)
Local: Espaço das Américas – Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3864-5566
Ingressos:
Pista – 1º Lote R$ 160 (meia entrada R$ 80)
Mezanino – 1º Lote R$ 200 (meia entrada 100)
A meia-entrada será concedida para estudantes apresentando a carteirinha ou mediante a entrega de 1 kg de alimento não-perecível na entrada do show.
Pontos de Venda:
Bilheteria do Espaço das Américas (sem taxa de conveniência):
Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda
Funcionamento: segunda à sábado, das 09h às 19h.
Formas de pagamento: dinheiro, cartões de débito e crédito
Online (com taxa de conveniência de 18%):
https://www.ticket360.com.br/
Call Center Ticket 360 – (11) 2027-0777
Cypress Hill em ação
Créditos: Reprodução/ Site Oficial
